Quem costuma pagar um valor a mais para ter a garantia estendida do bem adquirido, precisa ficar atento. Ontem, foi determinado pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), ligado ao Ministério da Fazenda, que as lojas não poderão fazer vendas casada da garantia estendida, como vinha acontecendo.
De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), as medidas valerão a partir da próxima semana quando será publicada no Diário Oficial da União. Porém, as seguradoras terão até 180 dias para se adaptar às novas normas. Com a nova determinação, consumidores reclamam da falta de apoio na hora de comprar mercadorias.
As vendas de celulares, computadores e aparelhos eletrônicos são as mais efetuadas nos últimos cinco anos. Há dois dias, Ricardo Alves, 24 anos, trocou de celular e recebeu garantia estendida pelo produto. Ao ser avisado que a venda casada está proibida, o estudante de publicidade disse estar aliviado por ter realizado a compra antes da determinação. “Sou uma pessoa que não tem muita sorte com bens materiais. Eles sempre quebram ou apresentam defeitos. Troquei de celular porque o meu estava ultrapassado e fiz questão de ter garantia estendida. Ainda bem que não deixei pra comprar esta semana”, comemorou.
A garantia estendida representa um seguro que o comprador contrata no momento da aquisição de bens duráveis que permite consertos e até a troca do produto em prazo maior que a garantia oferecida pelo fabricante. Atualmente, o serviço era oferecido no comércio tradicional e nas páginas das lojas na internet. Com a nova determinação, as seguradoras que oferecem a garantia estendida pagarão multa que varia de R$ 10 mil a R$ 500 mil.
Segundo a servidora Maria Dulcimeire da Silva não obter a garantia estendida é mais um método de prejudicar a população. “Já precisei da garantia estendida algumas vezes e mesmo assim fiquei no prejuízo. Com a retirada desse benefício, o cliente fica desamparado de vez, pois não tem nem onde recorrer seus direitos”, reclamou.
Devido ao feriado, a Tribuna não conseguiu contato com o Procon (Defesa do Consumidor) para obter mais informações sobre a medida e as perdas para o consumidor.
Fonte: Tribuna da Bahia