As cidades médias dão show na hora de criar empregos

7 de novembro de 2013

A economia e a oferta de emprego em 48 cidades do interior do país crescem acima da média nacional. Veja por que esses municípios se desenvolvem em ritmo acelerado e que oportunidades eles oferecem

Balneário Camboriú (SC)

 Balneário Camboriú, em Santa Catarina: a expansão do consumo e do turismo atrai novos empreendedores

Há no Brasil um grupo de cidades médias, com mais de 200.000 habitantes, que se desenvolvem mais rapidamente do que a média nacional. Além de atrair mais investimentos do que seus pares federativos, esses municípios empregam mais profissionais e recebem mais imigrantes em busca de oportunidades de trabalho.

São 48 cidades que, num intervalo de seis anos, de 2004 a 2010, tiveram crescimento econômico médio (medido pelo PIB) de 153%. no mesmo período, o piB brasileiro cresceu 94%. Já o emprego formal subiu 39% em todo o país de 2004 a 2010, mas no grupo das médias ligeiras o incremento foi de 70%.

Esses municípios são os principais expoentes de um conjunto de 133 cidades que, juntas, detêm 64% do poder de consumo no Brasil. Só as 48 maiores concentram 7% da população, respondem por 8,8% da riqueza gerada pelo país e empregam 7,7% do total de pessoas com carteira de trabalho assinada.

As informações fazem parte de um levantamento divulgado em setembro pelo Ibope Inteligência, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografa e Estatística (IBGE) para os anos de 2004 a 2010. Há atualmente no Brasil 5.570 municípios.

“Nós vemos uma saturação dos grandes centros e um consequente desenvolvimento de cidades menores que orbitam em torno das capitais”, diz Márcia Sola, responsável pelo estudo do Ibope.

As razões para essa transição do eixo do desenvolvimento no país das capitais para o interior variam conforme a região, mas há alguns motivos comuns, como a fuga de empresas para locais com mais incentivos fiscais e a busca por mercados emergentes.

Do lado das pessoas, existe migração de profissionais dos grandes centros urbanos para regiões menores em que oportunidades de carreira convivem com maior qualidade de vida — mesmo que os salários continuem sendo menores em cidades com menos habitantes.

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Fonte: Exame.com