É possível encontrar boas oportunidades nos papéis emitidos por bancos pequenos e médios, que contam com a cobertura do FGC e pagam juros bem maiores
Dinheiro: bancos grandes, que passaram a concentrar valores maiores de aplicações depois dos problemas dos bancos médios e pequenos, pagam hoje bem menos para o médio investidor e exigem prazos maiores
Apesar do inferno astral dos bancos pequenos e médios, com vários rebaixamentos de notas de crédito, quedas de rentabilidade, liquidações e vendas – a última, do BicBanco para o China Construction Bank – é possível encontrar boas oportunidades nos papéis emitidos por essas instituições, que contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e pagam juros bem maiores.
Aplicações até R$ 250 mil são garantidas pelo FGC em caso de quebra do banco, o que elimina o risco de CDBs, Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA). Estas duas últimas contam também com rendimento isento de imposto de renda para pessoas físicas. Os ganhos podem variar de 104% a 110% da taxa do CDI, ou o equivalente entre 10,15% a 10,72% ao ano, considerando um CDI igual à Selic de 9,75% ao ano.
Já os bancos grandes, que passaram a concentrar valores maiores de aplicações depois dos problemas dos bancos médios e pequenos, pagam hoje bem menos para o médio investidor e exigem prazos maiores para chegar a 100% do CDI. Até porque o volume de crédito não está crescendo tanto a ponto de exigir maior captação dos bancos.
Risco de atraso no pagamento
O investidor deve estar preparado, porém, para eventuais riscos no recebimento das garantias, como ocorreu recentemente com o Banco Rural, que teve os pagamentos aos investidores suspensos por quase três meses depois de um juiz do Trabalho congelar os valores para pagamento de dívidas trabalhistas da Vasp. O controlador da empresa aérea, Wagner Canhedo, teve negócios com o banco. A questão só foi resolvida no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em outro caso, do BVA, houve problemas com o registro dos CDBs na Cetip e os investidores também tiveram de esperar mais de um mês pelos valores. O ganho elevado pode até compensar esses imprevistos, mas o investidor deve estar preparado. “O risco é o investidor entrar num papel e logo em seguida ocorrer um problema com o banco, pois aí não deu tempo de acumular uma gordura de ganhos e o resultado final pode ser ruim”, diz George Waschsmann, sócio da GPS, empresa de gestão de patrimônio.
Leia na íntegra aqui.
Fonte: Exame.com