Por que 2014 vai ser o ano do investidor conservador

27 de dezembro de 2013

Vai ser mais difícil ganhar muito dinheiro no ano que vem no mercado financeiro; mas os investimentos mais conservadores serão alternativas interessantes

Notas de vinte reais

Notas de vinte reais: juros mais altos não favorecem o crescimento econômico, mas são bons para a renda fixa conservadora

O ano de 2014 vai ser ainda mais difícil para o investidor que quer ganhar um bom dinheiro no mercado financeiro, em função de um cenário econômico e político complicado. Em compensação, vai ser mais fácil ganhar um rendimento razoavelmente bom nas aplicações mais conservadoras e seguras – nesse sentido, um cenário melhor do que em 2013.

“Há um ano, o mercado contava com aumento do crescimento da economia e redução da inflação. Mas essa expectativa foi abandonada para o próximo ano. Já é consenso que o crescimento será muito baixo, pior do que o de 2013, e o nível de inflação será mais alto”, diz Paulo Bittencourt, diretor técnico da Apogeo Investimentos.

Cenário bem difícil para ganhar dinheiro com investimentos, mas propício para investimentos seguros e conservadores.

Veja a seguir de que forma cada investimento será afetado pelos desafios econômicos de 2014 e quais as melhores alternativas para o investidor:

Caderneta de poupança

O investimento mais popular do Brasil deve ser prejudicado pela inflação em patamar mais alto. Com taxa básica de juros acima de 8,5% ao ano, a remuneração da poupança fica estagnada em 0,5% ao mês mais Taxa Referencial, o que dá algo em torno de 6,17% mais TR ao ano.

Acontece que no ano que vem a inflação deve ficar mais próxima do teto da meta – 6,5% ao ano – do que do centro da meta, que é de 4,5% ao ano. O que deveria ser um limite vem se tornando um padrão na economia brasileira.

“A meta praticamente virou 6,5%. A exceção virou a regra”, diz Paulo Bittencourt, diretor técnico da Apogeo Investimentos.

Os analistas ouvidos pelo último Boletim Focus, do Banco Central, esperam que a inflação oficial (IPCA) termine 2013 em 5,72%, e 2014 em 5,97%. Com isso, é possível que, em alguns meses, a poupança perca para a inflação.

Alternativa:

O próximo ano será especialmente propício para os investimentos em renda fixa mais conservadora, justamente por conta do cenário econômico difícil.

Nesse sentido, destaca-se o Tesouro Direto. As Letras Financeiras do Tesouro (LFT), títulos públicos atrelados à taxa Selic, são os investimentos ligados à taxa básica de juros mais rentáveis, podendo inclusive servir de substitutos para a poupança como investimento conservador de curto prazo.

Com a Selic a 10,00% ao ano e com perspectiva de chegar a 10,50%, investir em aplicações atreladas a ela pode ser interessante para deixar a inflação para trás.

Além disso, as NTN-Bs, títulos públicos que pagam um juro acima da inflação pelo IPCA, se tornaram especialmente atrativas. Primeiro porque protegem o dinheiro da inflação; segundo porque o juro que elas pagam acima do IPCA está na casa dos 6% e pode vir a aumentar ainda mais, o que é bem interessante.

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Fonte: Exame.com