Os brasileiros depositaram um valor recorde na caderneta poupança em 2013: R$ 71 bilhões, já descontados todos os saques. Segundo os dados divulgados na tarde desta terça-feira pelo Banco Central, a chamada “captação líquida” cresceu 43% no ano passado na comparação com 2012. Os analistas apontam que o aumento da renda e os juros ainda estão num patamar relativamente baixo inflam a aplicação mais popular do país.
Em dezembro, por causa do décimo terceiro salário, os poupadores guardaram nada menos que R$ 11,2 bilhões. Foi a primeira vez que o BC registrou uma captação de onze dígitos em um único mês.
Além de o brasileiro ter mais dinheiro no bolso e poder economizar parte dos salários, um outro movimento foi visto no ano passado: o de grandes investidores. Eles migraram de aplicações em fundos de investimento para a caderneta de poupança por causa dos juros, que estavam mais baixos e deixavam as aplicações do mercado financeiro menos apetitosas.
O governo chegou até a mudar a regra da poupança em 2012 para barrar parte desse processo. No entanto, as novas normas já não valem mais desde agosto porque os juros básicos voltaram a estar acima de 8,5% ao ano. Ou seja, a caderneta voltou a render mais com a regra antiga: 6% ao ano, mais a variação da Taxa Referencial.
Em maio de 2012, o governo estipulou uma regra variável para o cálculo do rendimento da poupança. Aplicações feitas a partir daquele mês são diferenciadas. Quando a Selic fica abaixo de 8,5% ao ano, rendem 70% da taxa básica de juros, mais TR. Mesmo com a novidade, a aplicação continuou a bater uma série de recordes.
Apesar do ciclo atual de alta de juros, a expectativa dos analistas é que o saldo continuará a crescer. Ao todo, o brasileiro guarda R$ 597,9 bilhões na poupança. No ano passado, os bancos pagaram R$ 30,6 bilhões em rendimentos aos poupadores.
Fonte: Extra.globo.com – Economia