Os escritórios de Direito ficaram bem mais modernos

23 de janeiro de 2014

Flexibilidade de horário, informalidade no vestuário, políticas antiestresse e ambiente menos hierárquico. Os escritórios de Direito mudaram para atrair e reter profissionais com perfil colaborativo e empreendedor

Giovanni Falcetta, do Aidar SBZ

Giovanni Falcetta, do Aidar SBZ: sala com TV e videogame para relaxar no expediente

Quando compareceu à entrevista de emprego em um escritório concorrente do seu, o advogado Giovanni Falcetta, de 33 anos, pensou ter se enganado de endereço. As mesas de trabalho eram separadas por baias de vidro e todos trabalhavam no mesmo ambiente.

Seus prováveis futuros colegas estavam vestidos sem formalidade e alguns conversavam animadamente em rodas de bate-papo. Giovanni foi recebido pessoalmente por um dos sócios do escritório e, em seguida, apresentado à sala de descompressão, local dotado de televisor, video game e sofás confortáveis para quem quiser se desestressar durante o expediente.

Expediente, aliás, que poderia ser cumprido em home office, se necessário. Acostumado ao clima formal de escritórios tradicionais de São Paulo, o advogado estranhou a proposta, mas não pensou duas vezes para aceitá-la. “Eu queria mais qualidade de vida e um ambiente menos competitivo, mais acolhedor”, diz.

Falcetta foi contratado pelo Aidar SBZ, criado há dois anos, que ilustra a tendência dos novos escritórios de advocacia de trocar o ar sisudo da área por ambientes despojados, com políticas de RH mais atraentes para os jovens profissionais.

Segundo Carlos Ferreira, sócio da consultoria de recolocação 4Hunter, especializada nas áreas jurídica e financeira, as mudanças na economia e o aumento do mercado de trabalho na área jurídica — com o consequente aumento da concorrência pelos melhores profissionais — impulsionaram as transformações no perfil dos escritórios de advocacia.

“Para se destacar, os escritórios mais novos (muitos deles resultantes de cisões de bancas tradicionais) oferecem políticas de remuneração mais atraentes, flexibilidade de horário e de vestuário, treinamento e mais qualidade de vida. E em troca querem um profissional criativo, proativo, capaz de trazer e fidelizar seus clientes. Além, é claro, de ser muito bons na parte técnica” diz Carlos.

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Fonte: Exame.com