Quer ficar no azul? Economistas ensinam a acabar com todas as dívidas

4 de fevereiro de 2014

Em média, um pessoa acumula quatro dívidas de uma vezThinkstock

Apesar do número de inadimplentes ter diminuído pela primeira vez em 14 anos, a quantidade de famílias que se dizem endividadas ainda é alta. O R7 ouviu economistas sobre como sair do vermelho e quitar todos os débitos, sejam os bancários ou os carnês das lojas. A maioria das dívidas não pagas são de até R$ 2.500, sendo que uma em cada três são de até R$ 250, de acordo com uma pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).

Apesar do número de inadimplentes ter diminuído pela primeira vez em 14 anos, a quantidade de famílias que se dizem endividadas ainda é alta. O R7 ouviu economistas sobre como sair do vermelho e quitar todos os débitos, sejam os bancários ou os carnês das lojas.

maioria das dívidas não pagas são de até R$ 2.500, sendo que uma em cada três são de até R$ 250, de acordo com uma pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).

No entanto, especialistas afirmam que não há “uma fórmula mágica para evitar o aperto no bolso”. Confira abaixo como calcular a sua dívida passo a passo e sair do vermelho.

O economista da Serasa Luiz Rabi explica que qualquer dívida, por menor que seja, sempre tem juros e que ser alta ou baixa depende, na verdade, da capacidade do consumidor de pagá-la.

— Às vezes, o consumidor tem uma dívida que parece baixa, mas ele não tem receita no orçamento para quitá-la e, assim, ela passa a ser um débito alto.

Segundo a economista do SPC Luiza Rodrigues, as mesmas dicas para acabar com uma dívida alta servem para as mais baixas: renegociar e trocar as que têm juros altos por outras com taxas menores.

— Até porque é comum ter mais de uma dívida ao mesmo tempo. E duas dívidas de R$ 250 já somam R$ 500 em débitos. Outra opção é utilizar um empréstimo consignado ou pessoal para quitar todas as dívidas. Ter apenas uma é mais fácil para se organizar e reduz os juros.

Rabi conta que, em média, uma pessoa acumula quatro dívidas de uma vez, seja com o banco, condomínio, carnê de loja ou outras contas. E que, dificilmente, uma pessoa negativada consegue quitar todos os débitos.

Renegocie

Para Luiza, a melhor saída é tomar uma atitude assim que tiver dificuldade para pagar uma conta, pois se esperar, os juros estarão correndo.

— É possível renegociar com os credores a qualquer momento. E as ferramentas na internet ajudam a saber qual a taxa de juros das suas dívidas e o tamanho do débito.

O diretor-executivo de estudos e pesquisas econômicas da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade), Miguel José Ribeiro de Oliveira, afirma que, independentemente do tamanho da dívida, deixar de pagar uma conta sempre traz outros problemas, como ficar com o nome sujo ou ter dificuldade para conseguir um emprego.

— Por isso, procure o credor e tente estender o prazo de pagamento ou diminuir os juros.

Miguel lembra que, em muitos casos, os inadimplentes ficam com o nome sujo e não conseguem um empréstimo.

— Se ainda for possível fazer um consignado ou empréstimo pessoal, é melhor, pois eles têm juros muito menores do que o do cartão de crédito ou do cheque especial. E juro é um dinheiro que não volta.

Novas dívidas

A economista Luiza Rodrigues afirma ainda que os endividados devem ficar atentos ao orçamento e se controlar para não adquirir novas dívidas enquanto estão pagando as renegociações.

Miguel concorda e diz que não adianta fazer um acordo que não consegue cumprir. O endividado deve procurar o credor quanto tiver uma proposta de pagamento que caiba no orçamento.

Fonte: R7