Mais de 7 mil micro e pequenos negócios aderem a sistema gratuito de gestão

2 de abril de 2014

Maior programa de inclusão digital para micro e pequenos empreendimentos, criado pelo IBPT, entra na segunda fase de distribuição

 

Mais de 7 mil micro e pequenos negócios aderem a sistema gratuito de gestão

Voltado para o microempreendedor individual e microempresas, o software de gestão empresarial disponibilizado gratuitamente pelo IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, em 2 de abril do ano passado, faz sucesso entre pequenos empreendedores que se inscreveram para receber o sistema gratuitamente, com suporte online. Um ano depois do lançamento, 7.032 empresas baixaram e estão usando a ferramenta. Seguindo a atual tendência tecnológica da computação em nuvem, o PAI – Programa de Assessoramento Intensivo do Micro e Pequeno Negócio, mantém a gestão totalmente online, o que permite acesso remoto. Verdadeiro ERP (Enterprise Resource Planning), o PAI ajuda a administrar a pequena empresa, fazendo o controle do estoque, cadastramento de pedidos, lançamento de despesas, receitas e outras funcionalidades. Agora, o IBPT prepara uma nova fase de distribuição do software.

“A criação do PAI foi inspirada nos resultados de um estudo do IBPT, que aponta como principais causas da mortalidade dos pequenos negócios a falta de planejamento e conhecimento do mercado onde atuam (41,6%), a complexidade tributária e a burocracia brasileiras (16,5%), além da falta de acesso a crédito e financiamentos 14,4%”, disse o presidente do Conselho Superior e coordenador de estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral. Segundo ele, o projeto se baseia no tripé: gratuidade de implantação, facilidade de uso e controle total das finanças da empresa, como um estímulo à utilização da ferramenta e à reversão daquelas estatísticas.

Raíra Ilido da Silva (foto), que trabalha no setor financeiro da empresa Milênio Contabilidade, em Minas Gerais, se diz satisfeita com o PAI, usado desde outubro de 2013. “Uso o programa para controlar entradas e saídas de notas, alimentar o cadastro de clientes e gerar relatórios”, contou Raíra, que também se vale frequentemente da agenda do PAI para monitorar o cronograma e controlar as demandas de serviços. “Antes, usávamos planilhas eletrônicas, mas sempre houve o receio de que um dia perdêssemos as informações. Agora os dados estão todos online e não há esse perigo”, acrescentou.

A secretária, Mariana Caroline Berlezzi, é uma das pessoas que utiliza o sistema na empresa de embelezamento automotivo, Zelos Car, aberta em Curitiba há três anos, e que é uma das empresas-piloto do PAI. “Desde de junho de 2013, quando instalamos, nunca tivemos problemas. Usamos para cadastrar produtos, controlar o estoque e criar pedidos”, disse Mariana. “Comparado à planilha que fazíamos antes para o controle dos negócios, o PAI é bem mais prático, simples e fácil de usar para fazer pesquisas, gerar relatórios e outras funcionalidades”, afirmou.

Em São Paulo, Luis Fernando Pereira dos Santos, dono da Maniva produtos naturais, disse ter procurado softwares de gestão que o ajudassem a administrar e monitorar compras e vendas da loja, mas sem lograr sucesso. “Não gostei de nenhum porque eram sempre muito limitados ou de alto custo”, justificou. “Por acaso encontrei o site do PAI, que oferecia um ERP gratuito, e passei a usá-lo em outubro de 2013, em vez de fazer controles manualmente, com planilhas eletrônicas”, afirmou. “Posso dizer que o programa é excelente e não tem segredo para utilizar. Melhoramos 100% nossa gestão”, comentou.

Expansão

Do total de softwares baixados no site do projeto (www.pai.org.br ), a maior parte, 41%, vai para o estado de São Paulo. O segundo estado onde mais é procurado é o Paraná, com 14% e, depois, Minas Gerais, com 11%. A maioria das pessoas que baixa o software se compõe de pequenos empresários do comércio varejista, pequenas indústrias, oficinas mecânicas e escritórios de contabilidade. “O programa de assessoramento tem tido o patrocínio de algumas empresas do ramo automotivo e estamos aceitando outros patrocinadores nesta segunda fase do projeto”, disse João Eloi Olenike, presidente-executivo do IBPT. “Nosso objetivo é expandir e agregar novas funcionalidades, para que outros micro e pequenos negócios tenham interesse na implantação e possam se desenvolver”, afirmou.

Fonte: IBPT