Estudo do Sebrae com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, levantou o perfil dos empreendedores baianos. Eles são 1,8 milhão, fazendo da Bahia o terceiro estado do país em número de de empreendedores. Desse total, 72% são classificados como não-jovens, ou seja, com 35 anos ou mais (1,3 milhão). Já a categoria de jovens empreendedores soma cerca de 530 mil pessoas. A gerente da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Bahia, Isabel Ribeiro, acredita que os índices apontam para uma tendência atual das pessoas vivenciarem o mercado de trabalho antes de se arriscar em um negócio próprio. “Hoje, há mais oportunidades de se investir em qualificação e amadurecer no ofício, e os potenciais empreendedores estão atentos a isso, em vez de iniciarem mais cedo no próprio empreendimento”, explica, ressaltando o uso das experiências anteriores e conhecimentos na formação de uma empresa estável. A pesquisa revela ainda que, na análise por setor de atividade, 29% dos donos de negócios baianos estão inseridos nas atividades de agropecuária, 26% no comércio, 21% no setor de serviços, 13% na construção, 7% na indústria e 4% em setores não identificados.
No MEI, são 255 mil baianos inscritos
O empreendedorismo está mesmo em alta na Bahia. Em outro programa do Sebrae, o Microempreendedor Individual (MEI), são 255.453 conterrâneos inscritos. Desses, 86.556 são de Salvador. A maioria deles nos ramos de salões de beleza, mercadinhos, confecções e lanchonetes. A regularização de um negócio pelo programa oferece vantagens, como acesso ao INSS (aposentadoria). Podem se inscrever no MEI aqueles com renda anual até R$ 60 mil (R$ 5 mil por mês). Estimativas do próprio Sebrae apontam que entre 4% e 5% dos inscritos ultrapassam esse limite e está a caminho de se tornarem microempresas. Outro dado que foi divulgado pelo Sebrae durante a última Semana do Microempreendedor Individual que merece atenção é que metade dos MEIs baianos não declarou o quanto movimentaram em 2013 e nem estão pagando a taxa mensal do programa. O valor dessa taxa oscila a depender da área de atuação: comércio ou indústria (R$ 37,20), prestação de serviços (R$ 41,20) e comércio e serviços (R$ 42,20).
Fonte: Correio 24 horas – Online