Uso intensivo do celular aumenta risco de câncer cerebral, diz estudo

19 de maio de 2014

Pessoas que utilizam o aparelho por mais de duas horas por dia sofrem maior risco desse tipo de tumor

Estudo diz existir conexão entre o uso do celular e a aparição de gliomas (Foto: FaceMePLS/Flickr/CreativeCommons)

Para reduzir os riscos, organizações recomendam afastar o máximo possível o telefone da cabeça e evitar chamadas longas

 

O uso intensivo do telefone celular aumenta o risco um tipo agressivo de câncer cerebral, segundo um estudo publicado por pesquisadores da Universidade de Bordeaux na revista especializada Occupational & Environmental Medicine.

A equipe dirigida pelo francês Gaëlle Coureau revelou que há dois tipos de tumores associados a uma exposição prolongada à radiofrequência desses aparelhos: os gliomas (agressivos), e os meningiomas (mais fáceis de operar).

De acordo com os cientistas, pessoas que utilizam o celular mais de 15 horas por semana — o que representa duas horas ao dia — têm maior risco de que esses tumores se desenvolvam.

Os pesquisadores analisaram o perfil de 450 doentes de câncer e usuários de telefone celular acima de 15 anos entre junho de 2004 e maio de 2006, em quatro departamentos franceses, e o compararam com 900 usuários em perfeito estado de saúde.

O estudo “Cerenat” confirma as conclusões do Centro Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (CIIC), que no ano passado estabeleceu que “existe uma possível conexão entre o uso do telefone portátil e a aparição de gliomas”.

Para reduzir os riscos, organizações como o Instituto Nacional de Prevenção e Educação para a Saúde da França recomendam afastar o máximo possível o telefone da cabeça, usar o dispositivo com as mãos livres ou evitar chamadas longas, com o objetivo de impedir o excesso de exposição às ondas eletromagnéticas.

Fonte: Revista Galileu