Má ‘fama’ da marca e manutenção difícil pode impactar em perda de valor do carro na hora da revenda
Uma das principais preocupações de quem vai comprar um carro é o quanto ele vai se desvalorizar. O Jornal do Carro publica, aos domingos, uma tabela com o índice de depreciação dos veículos. Porém, este dado não está disponível para os modelos inéditos e recém-lançados, já que leva pelo menos um ano para que eles tenham equivalente usado no mercado. Neste caso, como o consumidor pode saber se vai “perder dinheiro” na hora de revender?
Há alguns fatores que determinam a “fórmula” da desvalorização. Em primeiro lugar, observe o histórico da marca. Se a maioria dos modelos da montadora apresentam alto índice de desvalorização – acima de 20%, segundo consultores –, o veículo inédito também deve sofrer grande depreciação. “Se a marca tem má ‘fama’, isso vai contribuir para seus carros desvalorizarem mais”, diz o presidente da Federação Nacional dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), Ilídio dos Santos.
Entre os fatores que geram má reputação de uma marca estão histórico de mau atendimento na rede de concessionários, bem como o número de revendas em todo o País.
“As montadoras mais novas no mercado também costumam ser ‘vítimas’ de depreciação acentuada em seus carros, pois leva tempo para que conquistem a confiança do consumidor.”
Manutenção cara é outro fator de grande influência na desvalorização de um carro. “E não precisa nem ser verdade. Basta que a marca tenha fama de fornecer peças com preços altos”, diz Santos. Antes de comprar um veículo, procure sempre pesquisar, na concessionária, o valor de seus componentes de reposição, comparando-os aos dos concorrentes.
Veículos que têm histórico de problemas mecânicos recorrentes também estão sujeitos à desvalorização acentuada.
FORA DA FÓRMULA
A cor do veículo deixou de ter influência na depreciação do carro nos últimos anos, segundo lojistas consultados. Isso porque a “ditadura” do preto e prata deixou de ser mandatória para o brasileiro. Atualmente, tons como vermelho, azul e, principalmente, branco, também são bem aceitos. Só há mais polêmica no caso das mais chamativas, como amarela ou laranja, por exemplo.
O seguro também não entra na fórmula da desvalorização, já que o preço varia conforme perfil do segurado e local onde ele mora.
MÁ REPUTAÇÃO
Desvalorizam mais os carros de marcas com fama de terem rede de concessionárias restrita ou com atendimento ruim, além de histórico alto de problemas mecânicos. Montadoras mais novas também estão no grupo.
MANUTENÇÃO
Peças de reposição caras levam o veículo a perder mais valor na hora da revenda.
Fonte: Estadão