Poupança ajuda a garantir futuro de filhos

14 de outubro de 2014

Aplicação de R$ 100 por mês pode render entre R$ 37 mil e R$ 47 mil em 18 anos, dependendo do investimento. Entre as opções estão fundos de renda fixa, previdência privada, CDB e caderneta de poupança

poupançaO pai que quer garantir o futuro financeiro do seu filho que acabou de nascer não precisa despender de uma grande quantia. Com apenas R$ 100 por mês é possível acumular um patrimônio entre R$ 37 mil e R$ 47 mil em 18 anos (veja quadro ao lado).

As opções para esse público passam pela tradicional caderneta de poupança, por CDB (Certificado de Depósito Bancário), Tesouro Direto, previdência privada e, para os mais arrojados, até Bolsa de Valores.

O investidor, porém, deve ficar atento a taxas cobradas e impostos. Negociar com as instituições financeiras é palavra de ordem. “Apesar do valor relativamente pequeno, como o prazo é grande, há margem para negociação de taxas”, avalia Reinaldo Domingos, presidente da DSOP, empresa especializada em educação financeira.

No caso da poupança, não há taxas de administração ou cobrança de IR, o que a torna mais atraente para os pequenos poupadores. Mas sua rentabilidade é baixa se comparada a outros instrumentos.

“Não é o melhor lugar para guardar dinheiro no longo prazo”, afirma Michael Viriato, professor do Insper.

É uma alternativa para quem quer começar a poupar. Isso porque com R$ 100 mensais nem sempre é possível negociar boas taxas de retorno em outras aplicações.

“Com o valor acumulado superior a R$ 10 mil, é interessante resgatar da poupança e colocar em um fundo ou CDB, pois com mais recursos teria acesso a taxas de juros mais interessantes”, afirma Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

Ainda no perfil conservador, o Tesouro Direto é uma das opções, por ser mais rentável que a poupança. Há cobrança de IR de 22,5%, para aplicações de até 180 dias, caindo para 15% para investimentos com mais de 720 dias. A cobrança de taxas também ocorre nesse caso: uma fixa, de 0,3% ao ano, e outra, de administração, cobrada pela corretora, de até 2% ao ano.

PESQUISA

Para quem está disposto a pesquisar e negociar taxas, a previdência privada também pode garantir um bom retorno financeiro.

Na modalidade, as instituições em geral cobram dois tipos de taxas: de carregamento e de administração. No caso da primeira, Araújo diz que há planos em que não são cobradas. As de administração variam por instituição, ficando em média em 3,5%.

O professor do Insper sugere que a aplicação seja feita na modalidade VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), em que só incide IR sobre os rendimentos.

Entre as vantagens dessa modalidade estão: diversidade de produtos (o valor pode ser aplicado em renda fixa, multimercados, renda variável, entre outros), alíquota regressiva do IR e a obrigatoriedade do depósito, o que ajuda quem não tem disciplina.

“Com R$ 100 por mês, é recomendável seguir uma estratégia de aplicação transitória na poupança por um ou dois anos e depois migrar para uma modalidade com melhor rentabilidade”, diz o gerente de relações e projetos da Cetip, Ricardo Magalhães.

Fonte:  Folha de S. Paulo