O ideal é sempre priorizar a quitação de dívidas, especialmente as de cartão de crédito e cheque especial, pois são as modalidades de empréstimo com juros mais altos
Com menos de duas semanas para novembro, uma injeção de ânimo deve chegar ao mercado quando o 13º salário começar a pingar nas contas dos brasileiros que puderam pedir adiantamento.
Para quem vai por a mão no dinheiro, vale a pena lembrar que a prioridade deve ser a quitação de dívidas. Em setembro, o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito ) e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) revelaram, por meio de uma pesquisa, que a regularização de débitos no país recuou em 1,64% no mês de setembro em relação ao mesmo período do ano passado.
Obviamente, a queda foi reflexo do baixo crescimento da economia e dos altos índices de inflação. Assim, o papel do adiantamento de décimo terceiro ganha contornos mais importantes por dar uma pontinha de esperança para o reaquecimento do mercado neste final de ano.
O SPC conta com uma retomada das regularizações de dívidas a partir de novembro para que os consumidores também possam voltar a comprar ainda este ano, ainda que seja a prazo. Sim, por que o décimo terceiro muitas vezes funciona mais como um respiro para as famílias do que como um dinheiro extra propriamente dito.
E mesmo quando pensamos do ponto de vista do consumidor, o ideal é sempre priorizar a quitação de dívidas, especialmente as de cartão de crédito e cheque especial, pois são as modalidades de empréstimo com juros mais altos, vale lembrar.
A segunda prioridade deve ser o planejamento para os gastos do começo do ano, quando o consumidor costuma quebrar a cabeça para pagar impostos (IPVA, licenciamento de veículo, IPTU) e a matrícula de filhos que estudam no ensino particular, sem contar a compra de material escolar.
Seguindo ainda esse raciocínio, o ideal é que gastos com presentes de Natal fiquem em terceiro lugar entre as prioridades. Por isso, se você está endividado e terá contas extras em janeiro, ponha os pés no freio e seja racional com as compras. Não deixe que o Natal traga um “presente de grego”, começando o ano no vermelho e sem reserva alguma para encarar janeiro.
Se for inevitável para você comprar presentes, tente se programar para gastar um terço do seu dinheiro com isso. Trocar de prioridade certamente será um problema.
Fonte: Folha.com