A educação financeira já é realidade em diversas escolas brasileiras. Isso pelo menos é o que aponta dados da DSOP Educação Financeira. Segundo levantamento feito em 2014, já são mais de 1300 escolas brasileiras que ensinam a educação financeira com base no programa de educação financeira que desenvolveram para escolas. Dentre estas estão várias prefeituras que utilizam o material em sua rede pública. Em todas essas escolas os resultados são muito positivos para todos os envolvidos, que aprendem a cuidar do dinheiro com mais responsabilidade e sempre objetivando a realização de objetivos pessoais. “Estes números são muito positivos, demonstrando um crescimento considerável em relação à 2013. Mais do que isso, temos observado que muitas escolas estão procurando os materiais da DSOP, assim a expectativa é que centenas de novas escolas utilizem o material em 2015, quando projetamos o dobro de escolas, indo de encontro com nossa missão que é disseminar a educação financeira no Brasil”, conta o presidente da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos.
Estas escolas e prefeituras se anteciparam à ENEF e à Lei171/09, que tramita no Senado sobre a obrigatoriedade da educação financeira em escolas das redes pública e privada de ensino. Porém, o Programa DSOP de Educação Financeira se diferencia pela abordagem do assunto – amplia o enfoque estritamente matemático, geralmente dado ao assunto, para uma abordagem comportamental, que trabalha, simultaneamente, capacidades cognitivas, afetivas e sociais, respeitando as potencialidades e expectativas de aprendizagem de cada faixa etária – e porque oferece cursos de capacitação a professores; palestras e outras atividades a alunos, pais e comunidade no entorno da escola. “Nós acreditamos que, para que a educação financeira seja realmente efetiva é preciso que todos que participam do processo entendam sobre o tema, por isso vamos muito além da simples abordagem dos alunos, colocamos toda a comunidade no processo”, explica Reinado Domingos.
As experiências relatadas por alguns diretores de escolas que já utilizam esse material exemplificam o resultado do trabalho: Em Curitiba (PR), por exemplo, o Programa DSOP de Educação Financeira no Ensino Básico foi adotado no Colégio Madalena Sofia, em2010, para a turma do primeiro ano do Ensino Médio, e os resultados são muito satisfatórios. Segundo Cleiton Sales de Avila, membro do Conselho Gestor da escola, a decisão de inserira educação financeira partiu da preocupação de ajudar os jovens a lidarem com dinheiro,especialmente aqueles que estão ingressando no mercado de trabalho e mal sabem o que fazer com o primeiro salário. “Lidar com dinheiro é difícil para adultos, imagine para os jovens. Se eles não aprenderem a administrar adequadamente seus recursos pode ser prejudicial para seu futuro”, diz Avila. Segundo ele, a aposta nesse projeto tem como objetivo contribuir para a quebra do ciclo de gerações endividadas.
A escola já percebeu os resultados positivos entre alunos, professores e comunidade. Em Santo André, na região do ABC (SP), o Colégio Stocco adotou o Programa DSOP no ensino Fundamental I e II. O diretor, Roberto Belmonte Junior, explica que foram várias as motivações para inserir a educação financeira no currículo escolar, dentre as quais, diversas solicitações dos pais dos alunos e também pelo fato de já utilizarem o livro O Menino do Dinheiro, de autoria de Reinaldo Domingos, educador financeiro e presidente da DSOP, que tinha ótima aceitação. Segundo o diretor da escola, “em conversas com professores e pais de alunos, eles têm apontado que as crianças estão mais atentas em relação ao dinheiro e, o mais importante, deixaram de esbanjar, o que reflete na melhoria do relacionamento familiar”. Veja alguns fatores que motivam a inserção da educação financeira nas escolas: Um dos grandes desafios globais do século é fazer a sociedade atual repensar hábitos de consumo substituindo-os por outros mais sustentáveis.
As profundas mudanças nas economias mundiais tem exigido um reaprendizado de como lidar com as finanças, fenômeno que movimenta governos e instituições a adotarem medidas para habilitar as pessoas a fazerem escolhas conscientes de gastos e investimentos. Cerca de 2 bilhões de pessoas entrarão no sistema financeiro formal nos próximos 20 anos. Mas não se sabe se todas essas pessoas estarão capacitadas a fazer as melhores escolhas financeiras Há forte evidência de que lares com baixa educação financeira não planejam para a aposentaria, pagam juros mais altos, têm menos bens, e, já ficou demonstrado que o nível mais baixo de educação financeira levou as pessoas a ficarem mais inadimplentes. No Brasil, as mudanças na pirâmide das classes sociais significam, ao mesmo tempo, maior poder de compra de parcela significativa da população, mas também alto endividamento. Crianças são muito observadoras e cedo começam aperceber que o dinheiro tem uma força.
Ao mesmo tempo crianças e jovens estão expostos às mensagens publicitárias que estimulam o desejo de ter. Portanto, ensiná-las o mais cedo possível, de forma lúdica e prazerosa sobre quanto é importante ter objetivos, fazer escolhas e que nada é mágico, porém, tudo é possível, desde que o dinheiro seja usado com foco e sabedoria é papel que pode ser compartilhado entre pais e escolas. Escolas são cada vez mais exigidas a oferecer ensino diferenciado e serviços que beneficiem também os pais.
Fonte: Segs – Portal Nacional dos Corretores de Seguros (Autor.: DSOP)