Então é Natal. O 13º salário entrou na conta e o clima é de entusiasmo no consumo. Mas presente é presente, e não necessariamente você vai ganhar o que pediu na cartinha ao bom velhinho. Além disso, especialistas atestam que o fim de ano liberta as pessoas da culpa do consumo excessivo, deixando-as à vontade para gastar.
O SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) foi às ruas e concluiu que 64% dos brasileiros vão se autopresentear neste Natal. O percentual aumenta para 67% quando analisados somente os consumidores das classes C, D e E e sobe para 69% quando analisadas apenas as intenções das mulheres.
Segundo a pesquisa, a maioria dos entrevistados (61%) afirmou que merece esse automimo porque trabalhou muito ao longo do ano. Pouco mais que a metade (54%) alegou que aproveita a época para comprar coisas de que está precisando. Além disso, 33% dos consultados justificaram a prática dizendo que normalmente sentem prazer em fazer compras e aproveitam a oportunidade do Natal para consumir mais.
Mas a autoestima do brasileiro não está tão alta assim. A média de presentes oferecidos a si mesmo neste Natal é de dois, segundo o estudo, enquanto o número de presentes comprados para outras pessoas –familiares e amigos– deve ser o dobro: 4,3 por pessoa.
Ainda segundo a pesquisa, os produtos mais procurados para se autopresentear são roupas (65%), calçados (58%), perfumes e cosméticos (32%) – curiosamente, os mesmos da lista dos mais desejados, o que só reforça a tese de que quem vai se autopresentear quer mesmo é acertar no presente.
A pesquisa, que ouviu 624 consumidores de ambos os sexos nas 27 capitais brasileiras, constatou ainda que 81% dos entrevistados acreditam que serão presenteados neste fim de ano por outras pessoas. A principal razão é o fato de que eles se sentem queridos, resposta dada por 70% dos que esperam ser presenteados.
Se você faz parte da turma que vai se autopresentear, nunca é demais lembrar: cuidado e bom senso na hora de ir às compras – deixe as emoções em casa. De preferência compre à vista: o cartão de crédito deve ser usado como um aliado, para emergências, pois os juros embutidos são altos e o risco de se endividar por compras à toa não faz parte de finanças sadias.
Fonte: Folha.com – Por Samy Dana, Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia.