De acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o volume de quitação de dívidas atrasadas apresentou queda de 1,87% no acumulado dos últimos 12 meses até dezembro de 2014 frente a igual período de 2013. No mês de dezembro, comparado ao mesmo mês de 2013, a queda foi de 3,51%, o que representa a quarta variação negativa mais acentuada desde o início de 2013.
Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti,
o resultado fraco de 2014 em relação ao ano imediatamente anterior reflete a falta de dinamismo da atividade econômica observada ao longo do ano, com a piora na confiança do consumidor e dos empresários, aliada a níveis elevados de inflação e de taxas de juros.
Com a queda no volume de acertos das contas atrasadas, o SPC Brasil
estima que 54,5 milhões de brasileiros encerraram 2014 com o nome sujo, ou seja, registrado nos cadastros dos serviços de proteção ao crédito.
Atualmente, o melhor caminho para quem quer sair da inadimplência e ter o nome limpo de volta é procurar o credor para renegociar a dívida, orienta o consultor Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin).
No entanto, antes de negociar, no entanto, o consumidor deve fazer um diagnóstico financeiro para descobrir o destino de cada centavo do dinheiro gasto no mês. “É muito provável que os gastos estejam bem superiores aos ganhos, daí da importância de retomar o controle absoluto do dinheiro que entra e do dinheiro que sai”, afirma Reinaldo Domingos.
Equilíbrio
“Somente após alcançar o equilíbrio financeiro e obter uma sobra é que deve ser proposto um acordo de pagamento ao credor, mas que caiba no orçamento mensal. O endividado deve pagar o débito negociado dentro do prazo e, se possível, adiantar o pagamento dos valores, eliminando as dívidas o mais rapidamente possível”, sugere.
Fonte: Diário do Nordeste