Dos 11 feriados nacionais, dez caem em dias úteis e devem ser esticados.
Muitos comemoram, mas empresários se preocupam com possíveis perdas
Vamos falar dos feriados deste ano? Em 2014, dos 11 feriados nacionais, sete caíram em dias da semana. Neste ano, para quem aposta nas folgas, a situação melhora bastante.
O ano mal começou e já tem gente sonhando com os feriados de 2015. “A gente já conta nos dedos esperando já esse momento, né?”, diz o gerente comercial Sérgio Cavalcanti Sales.
O calendário traz boas notícias. Dos 11 feriados nacionais, dez caem em dias de semana e muitos devem ser esticados. A temporada começou no primeiro dia do ano, que caiu em uma quinta-feira, e muita gente emendou quatro dias de descanso.
Em fevereiro, dia 17/02, tem o Carnaval e são mais quatro dias de folga. Em abril, melhora ainda mais. No dia 3, tem a Sexta-Feira Santa, e no dia 21, a morte de Tiradentes, que caiu numa terça-feira. Ou seja, pode virar outro feriadão.
Em maio, o Dia do Trabalho (1º de maio) será comemorado em uma sexta-feira.
Em junho, Corpus Christi cai em uma quinta-feira, dia 04/06, mas é ponto facultativo e não é obrigatório.
No segundo semestre, os feriados de 7 de setembro, 12 de outubro e 2 de novembro caem na segunda-feira. A proclamação da República, no dia 15 de novembro, será o único feriado nacional a cair no fim de semana. Em dezembro, o Natal será na sexta-feira (25/12).
O balanço final é bem diferente de 2014 quando apenas sete feriados cairam em dias de semana. “Está bom. Se pudesse ser mais, seria ainda melhor”, diz animado o empresário Danilo José Miranda.
Enquanto a maioria comemora os dez feriados de 2015, alguns empresários estão preocupados. Eles acham que esses dias de folga devem reduzir a produção na indústria e as vendas nos comércios. As lojas de ruas costumam sofrer mais, pois dependem do movimento dos trabalhadores.
Em alguns feriados, os lojistas decidem abrir as portas. Mesmo assim, o lucro cai cerca de 9%, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio. É que os comerciantes têm que pagar em dobro o salários dos vendedores.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal diz que 2015 não será bom para o setor.
“Nós estamos muito preocupados. Geralmente o feriado acaba diminuindo as pessoas em termos de contratação, diminuindo as pessoas na loja e isso faz a economia de uma certa forma dar uma parada”, diz Edson de Castro, presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal.
Elis é vendedora há quatro anos e como vive de comissão, mesmo com a loja aberta, o feriado atrapalha bastante. “A maioria das pessoas ‘querem’ curtir. No feriado querem sair, viajar. Muito difícil vender mesmo. Quase nada às vezes”, conta a vendedora Elisa Raquel Oliveira.
Agora, oficialmente, a terça-feira de Carnaval não é feriado nacional. Depende de cada empresa e de cada patrão dizer se os funcionários vão folgar ou não. Mas, na prática, o Brasil inteiro para.
Fonte: G1 – Jornal Hoje (assista a reportagem)