Algumas providências podem ajudar a reduzir o efeito da alta da moeda norte-americana no custo de vida de quem recebe em reais
Não é apenas para quem compra no exterior ou pretende importar produtos que o momento é ruim com o dólar elevado. Para todos os consumidores haverá reflexo com o repasse dessa alta para produtos e serviços. Muito dos produtos do mercado são importados ou têm componentes importados. Assim, esse aumento será repassado para os preços, reduzindo nosso poder de compra. A inflação continuará aumentando por algum tempo por causa da alta recente.
Viagens para o exterior se tornam mais caras, as vezes proibitivas. A saída é alterar o roteiro planejado, pois o impacto da cotação da moeda incide sobre passagem aérea, passeios, valores do cartão de crédito etc. É preciso cautela! Para quem ainda não se programou, é melhor adiar a viagem.
É aconselhável rever o orçamento e repensar os custos diários e mensais, cortando os excessos e supérfluos para readequar o padrão de vida à crise que se aprofundará e perdurará por um período além de 2015.
Eis algumas providências para atenuar o impacto do dólar nas finanças pessoais:
1. Adie a compra de importados. Troque o bacalhau da Páscoa por outro tipo de peixe, por exemplo.
2. Evite investir em dólar; geralmente, quando o preço de um produto está em alta por um longo período, a possibilidade de de ele cair é grande.
3. Os jornais trazem diversas análises sobre a trajetória futura do dólar: há quem diga que ele pode chegar a R$6,00 até o fim do ano, e os que dizem que o Banco Central poderia intervir para que a desvalorização não fosse muito a frente do que já está. Se você não gosta de correr riscos, haja com cautela.
4. Caso esteja com viagem já marcada para o exterior, reforce as reservas inicialmente previstas em pelo menos 40% a mais. E, compre alguns dólares para se precaver de eventual desvalorização, enquanto não chega a data de sua viagem. O dólar dificilmente volta a valores inferiores a R$3,20.
5. Em situação de endividamento, evite contrair novos empréstimos para fugir dos juros que tendem a continuar se elevando.
6. Se a dívida é no rotativo do cartão de crédito, procure saldá-la o mais breve possível, inclusive sacrificando algum consumo.
Fonte: Blogs Cláudio Considera – economia.estadao.com.br