Só no mês passado 600 mil pessoas entraram para lista dos consumidores que têm dívidas em atraso. Essa lista já conta com 55,3 milhões de nomes.
Muita gente decide comprar ou não um determinado produto não pelo preço dele, mas olhando só se a parcela mensal cabe no bolso. Isso é comum por aqui. Talvez aconteça com você também. O brasileiro tem essa cultura do financiamento.
Quando a economia vai bem, a renda aumentando, o desemprego baixo, tudo bem. Mas quando o cenário muda, o bolso aperta. Juros subindo, inflação alta, compra no supermercado ficando mais cara, desemprego. Com tudo isso, a mesma parcela, que antes cabia, pode não caber mais no bolso, e você acaba escolhendo uma ou outra conta para atrasar.
Se isso está acontecendo na sua casa, você não está sozinho. Para muita gente está cada vez mais complicado honrar todos os pagamentos. É o que mostra um levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas.
Só no mês passado 600 mil pessoas entraram para lista dos consumidores que têm dívidas em atraso. Essa lista agora já conta com 55,3 milhões de nomes. Isso significa que quatro em cada dez brasileiros estão inadimplentes.
O número total de dívidas com atraso subiu 2,83% entre março e abril. Comparando com o mesmo período do ano passado, a alta supera 5%. Segundo a pesquisa, cada consumidor inadimplente tinha em média mais de duas dívidas atrasadas no mês passado. Este é o maior patamar em quase três anos.
O setor que teve o maior aumento percentual de dívidas que não foram pagas foi o de comunicação (contas de telefone, internet) alta de 12,1% na comparação anual. Na sequência aparecem as dívidas com os bancos, que aumentaram 7,5% na mesma comparação. E no terceiro lugar, contas de água e luz, que tiveram alta de mais de 6% no número de dívidas.
Fonte – G1 – Globo