Estar conectado o tempo todo nas redes sociais pode te fazer gastar mais. Entenda como e fuja dessa enrascada
Sempre que você entra no Facebook se depara com imagens incríveis, certo? Amigos viajando, casais felizes, looks maravilhosos, produtos de beleza em promoção e mulheres malhadas escrevendo quais são os segredos para ficar magra e linda. Neste momento, temos a impressão de que apenas nossa vida é muito comum e a vontade de querer mais aumenta. “As redes sociais geram um permanente estado de atenção para fatores externos e, se você deixar, sua vida passa a ser moldada pelo que as redes mostram”, avalia José Vignoli, educador financeiro do Portal Meu Bolso Feliz.
Neste cenário, a vontade de buscar uma vida diferente, comprar mais e desejar algo que você nem sabia que existia aumenta. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, comprovou essa teoria ao descobrir que os usuários frequentes do Facebook tendem a ter níveis mais elevados de endividamento com cartões de crédito. “Na internet, nas redes sociais, buscando algo que você não tem, você acaba gastando por impulso para construir uma imagem, sem lembrar de que você mesmo terá que pagar a conta mais tarde. Dessa maneira, mesmo sem querer, você deixa de ter o controle da situação”, completa Vignoli.
Por isso, para não se descontrolar financeiramente e, consequentemente, incluir na conta mais uma fonte de gastos supérfluos, é importante detectar se, para você, ter uma conta no Facebook, entre outras redes sociais como Pinterest e Instagram, pode se tornar um problema e que problema é esse. Entenda melhor:
O perigo está na sua cabeça
A influência das mídias nos comportamentos pode trazer a vontade de querer copiar modelos de vida de pessoas que gostamos. “A partir disso, consumimos compulsivamente estilos de vida e itens divulgados em propagandas que recebemos o tempo todo”, explica a psicóloga Cristiane Pertusi.
E o perigo está no fato de que tudo que aparece nas redes socais é idealizado e, aparentemente, perfeito. “A partir disso, os sentimentos que surgem podem ser de inveja, frustração, competição e baixa autoestima”, explica Cristiane, completando: “Esses sentimentos podem aumentar nosso comportamento impulsivo, que acaba nos levando ao descontrole social e financeiro”.
Como se livrar dessa
Não precisa ser radical e deletar todas as redes sociais para ficar longe da tentação. O segredo para navegar sem se deixar levar é ponderar que as pessoas sempre mostram a parte boa da vida delas, inclusive você. Afinal, quando você fizer uma viagem, também vai colocar fotos lindas e isso não quer dizer que você viaja o ano todo, certo? Além disso:
1 – Lembre-se que o excesso de informações também pode confundir sua cabeça. Então, que tal fazer uma limpeza nas suas redes sociais e passar a seguir pessoas que compartilhem serviços úteis, canais de notícias e informações relevantes?
2 – Aproveite as ofertas, sim. Você não precisa deixar de seguir lojas virtuais que divulgam ótimas oportunidades de compra, mas foque naquelas que realmente valem a pena e fique de olho em promoções que podem facilitar sua vida. Afinal, se você está precisando muito de um microondas e apareceu uma oferta imperdível na timeline, essa é a hora de usar as redes sociais a seu favor. E aproveite que você já está navegando na internet para conferir em sites de comparação de preços se essa oferta é mesmo imperdível.
3 – Inclua gastos e compras online no orçamento do mês. Se você reserva 10 por cento do que ganha para diversão, por exemplo, as compras provenientes da web devem estar nesse orçamento. Para te ajudar a organizar as finanças, use o simulador Diagnóstico Financeiro.
4 – Reflita sobre os gastos que podem surgir através da navegação na web e compare com suas reais necessidades. Aquela calça em promoção que apareceu na sua tela é mesmo essencial na sua vida?
5- Para as pessoas mais vaidosas, a tentação é ainda maior pois blogueiras e marcas de roupa e produtos de beleza fazem propagando através das redes sociais todo o tempo. Por isso, uma opção de controle pode ser fazer uma“lista de desejos”, mas sempre baseando-se naquilo que faz tempo que você não compra e realmente precisa. Exemplo: um rímel em promoção, quando o seu está quase no fim, pode ser uma regalia permitida. No mês seguinte, talvez seja a vez daquela camisa branca que ficará bem com tudo.
Assim, mesmo com toda influência das redes sociais você poderá refletir e valorizar sua forma de viver, aquela que realmente te deixa feliz.
Fonte: Meu Bolso Feliz