A nova cultura do varejo

18 de agosto de 2015

Fala-se muito em inovação, mas sem uma multiplicidade de competências é impossível buscar o novo

Texto-motivacional-grandes-idéias

Somos, cada vez mais, seres híbridos. Nos dedicamos a múltiplas atividades, colecionamos habilidades e competências, assumimos mil tarefas. Na vida pessoal e na vida profissional, temos várias faces, que utilizamos conforme nos é relevante. Mostramos no Facebook uma faceta do que somos, outra no Instagram, no trabalho uma terceira, em casa mais uma. E tudo ao mesmo tempo, por que não? As fronteiras estão cada vez mais fluidas. Como diz o filósofo Zygmunt Bauman, vivemos em uma sociedade líquida.

Essa liquidez e ausência de fronteiras é muito nítida no comportamento dos mais jovens, mas aos poucos se espalha por todas as relações sociais. Vivemos em um mundo multidisciplinar, e quanto mais antes o varejo abraçar essa realidade, mais estará alinhado às necessidades e desejos de seus clientes internos e externos.

Essa multidisciplinaridade exige, por exemplo, que os profissionais do varejo não sejam separados em on-line e off-line. É preciso conhecer tudo. Os colaboradores não pertencem mais “ao departamento X”, eles precisam ter a capacidade de atuar em diversas posições, pois as competências que valem hoje podem não valer daqui a seis meses.

Assim, aprender sempre é fundamental. Aprender muito, e sobre muita coisa. O vendedor não deve mais se limitar às técnicas de venda, e sim conhecer psicologia, negociação, administração, economia… Do CEO ao faxineiro, o ideal é que todos conheçam vários aspectos do negócio e possam se movimentar na estrutura da empresa conforme for necessário. É um conceito, porém, que não vemos por aí.

Fala-se muito em inovação, buscam-se técnicas para fomentar inovações nas empresas, mas sem que exista uma multiplicidade de competências, é impossível experimentar coisas novas, ter abordagens únicas, ser diferente. O que significa, também, trazer pessoas com origens diferentes, às vezes com pouca relação aparente com o varejo.

Que tal estatísticos para cuidar das atividades de marketing? Ou engenheiros no atendimento ao cliente? Profissionais às vezes sem experiência prática com o varejo, mas que agregam um novo olhar sobre o setor. Uma das principais redes de livrarias do País trouxe profissionais da aviação para ajudar a construir uma área de Inteligência de Negócios que permitisse obter insights a partir das informações de vendas nas lojas. Um dos poucos sites brasileiros que operam no azul tirou dos compradores a decisão sobre o mix de produtos e colocou-a nas mãos de estatísticos.

Novas visões sobre os negócios, novos insights. Tudo para fazer diferente. Sem fronteiras rígidas, derrubando feudos internos. Sem dúvida, criando novos choques. Essa é a cultura do varejo que inova. Sua empresa já é assim?

Fonte: B

Somos, cada vez mais, seres híbridos. Nos dedicamos a múltiplas atividades, colecionamos habilidades e competências, assumimos mil tarefas. Na vida pessoal e na vida profissional, temos várias faces, que utilizamos conforme nos é relevante. Mostramos no Facebook uma faceta do que somos, outra no Instagram, no trabalho uma terceira, em casa mais uma. E tudo ao mesmo tempo, por que não? As fronteiras estão cada vez mais fluidas. Como diz o filósofo Zygmunt Bauman, vivemos em uma sociedade líquida.

Essa liquidez e ausência de fronteiras é muito nítida no comportamento dos mais jovens, mas aos poucos se espalha por todas as relações sociais. Vivemos em um mundo multidisciplinar, e quanto mais antes o varejo abraçar essa realidade, mais estará alinhado às necessidades e desejos de seus clientes internos e externos.

Essa multidisciplinaridade exige, por exemplo, que os profissionais do varejo não sejam separados em on-line e off-line. É preciso conhecer tudo. Os colaboradores não pertencem mais “ao departamento X”, eles precisam ter a capacidade de atuar em diversas posições, pois as competências que valem hoje podem não valer daqui a seis meses.

Assim, aprender sempre é fundamental. Aprender muito, e sobre muita coisa. O vendedor não deve mais se limitar às técnicas de venda, e sim conhecer psicologia, negociação, administração, economia… Do CEO ao faxineiro, o ideal é que todos conheçam vários aspectos do negócio e possam se movimentar na estrutura da empresa conforme for necessário. É um conceito, porém, que não vemos por aí.

Fala-se muito em inovação, buscam-se técnicas para fomentar inovações nas empresas, mas sem que exista uma multiplicidade de competências, é impossível experimentar coisas novas, ter abordagens únicas, ser diferente. O que significa, também, trazer pessoas com origens diferentes, às vezes com pouca relação aparente com o varejo.

Que tal estatísticos para cuidar das atividades de marketing? Ou engenheiros no atendimento ao cliente? Profissionais às vezes sem experiência prática com o varejo, mas que agregam um novo olhar sobre o setor. Uma das principais redes de livrarias do País trouxe profissionais da aviação para ajudar a construir uma área de Inteligência de Negócios que permitisse obter insights a partir das informações de vendas nas lojas. Um dos poucos sites brasileiros que operam no azul tirou dos compradores a decisão sobre o mix de produtos e colocou-a nas mãos de estatísticos.

Novas visões sobre os negócios, novos insights. Tudo para fazer diferente. Sem fronteiras rígidas, derrubando feudos internos. Sem dúvida, criando novos choques. Essa é a cultura do varejo que inova. Sua empresa já é assim?

Fonte: Portal No Varejo