Até mesmo quem se gaba de manter suas finanças pessoais bem administradas pode deixar escapar alguns detalhes que aumentam seus gastos mais do que o necessário.
O site Business Insider traz uma lista com os sinais que dão boas pistas para descobrir se você realmente anda cuidando bem do seu dinheiro. Cada constatação vem acompanhada de dicas para ajudar a organizar melhor do seu orçamento.
Confira a lista:
Você não sabe quanto ganha ou gasta
Uma simples subtração mostra se você gasta mais do que ganha, mas se você não sabe exatamente quanto entra no seu orçamento, como irá controlar as quantias que podem sair dele? Quase todo mundo é capaz de se lembrar de seu salário bruto, mas poucos sabem dizer ao certo quanto é seu salário líquido, aquele que efetivamente cai em sua conta, depois de todos os descontos de impostos e benefícios, como vale alimentação.
A última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) divulgada pelo IBGE, com dados de 2008 e 2009, mostra que 68,4% das famílias do país têm, em média, gastos mensais maiores que os ganhos.
Solução: Anote. Você pode escolher um aplicativo para smartphones, uma tabela de Excel ou mesmo o famoso papel e caneta, mas montar o seu orçamento mensal será um passo importante para definir o que pode ser feito naquele período.
A primeira coisa a fazer para melhorar sua vida financeira é, obrigatoriamente, ter um conhecimento detalhado do seu orçamento.
Você não paga a fatura integral do seu cartão de crédito
Algumas dívidas podem trazer benefícios, como o financiamento de uma casa, mas aquelas relacionadas a cartões de crédito, especialmente com as altas taxas de juros brasileiras, são destruidoras para o seu orçamento.
Segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), divulgado no dia 14 de setembro, a taxa média de juros do cartão de crédito no Brasil é de 13,37% por mês, o equivalente a 350,79% ao ano. Se você é adepto do cheque especial, essa taxa é de 10,14%, ou 218,17% em 12 meses. É um assalto.
Solução: A fatura do cartão de crédito deve ser prioridade na hora de pagar as contas, para evitar os juros oriundos desse tipo de compra.
O seu dinheiro mal dá para o mês
Para manter as contas em dia, é preciso não gastar mais do que se ganha. Mas isso tampouco é suficiente. Se o salário só dá para quitar as dívidas mensais, então você não está preparado para emergências, como gastos com saúde ou o conserto do carro.
Especialistas em finanças pessoais recomendam que no máximo 30% de sua renda mensal esteja comprometida com dívidas, como parcelas de financiamento ou empréstimos. Em momentos de crise no país, como o atual, esse tipo de gasto não deve ultrapassar os 20%.
Solução: Há apenas duas formas de resolver o problema: ganhar mais dinheiro ou gastar menos. Como a primeira opção depende de fatores mais fora de seu controle, o corte nos custos pode ser a saída. Para isso, a dica é invistir em reduzir os gastos maiores, como transporte e aluguel. Obviamente, desde que isso seja possível.
Você fica estressado quando o assunto é dinheiro
Ficar estressado ou sentir culpa pelo dinheiro gasto no mês é uma das consequências para quem não mantém uma reserva para despesas extras, que podem surgir no período entre um pagamento e outro.
As dificuldades financeiras são a principal causa de estresse para 17,32% dos brasileiros entrevistados em pesquisa do Instituto de Psicologia e Controle do Estresse, com mais de duas mil pessoas.
Solução: A primeira medida a ser tomada é entender qual fator o deixa estressado. Algumas possibilidades são a falta de dinheiro para diversão e o medo de não estar poupando para o futuro. Ao identificar o problema, concentre-se nele.
Você ainda não começou a poupar para a aposentadoria
Um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), publicado em abril deste ano, mostra que 57% dos brasileiros ainda não estão preparados financeiramente para quando atingirem a idade de aposentadoria.
Solução: A quantidade de dinheiro economizada hoje irá determinar o estilo de vida que você terá após sua aposentadoria. A dica, então, é simples: comece o quanto antes. A quantidade de dinheiro que você terá que poupar por mês será menor dessa forma.
Você não fala sobre dinheiro com seu cônjuge ou filhos
Informações sobre a renda e os gastos de seu parceiro/a são fundamentais para um planejamento familiar, a fim de evitar excessos e o famoso “estouro” do limite de crédito. Conversar com as crianças pode fazê-las dar maior valor ao dinheiro, já que assim elas terão noção do custo do dinheiro e do que acontece quando se gasta mais do que se deve.
O portal Meu Bolso Feliz, do SPC Brasil, dá dicas de como abordar o tema com os pequenos: “É preciso que você explique a eles, de maneira clara, que o dinheiro da família é utilizado para várias coisas as compras do supermercado, o pagamento das contas de água, luz e escola, a aquisição de roupas e sapatos, os passeios no fim de semana. E que o dinheiro é um recurso limitado. As crianças precisam entender que não dá para comprar todas as coisas que elas querem como o dinheiro é limitado, elas precisam saber gastar e fazer escolhas.”
Solução: Dê uma olhada em dicas de planejamento financeiro e tome a iniciativa. Converse para acertar as contas da família.
Você parece ter algo a esconder
Um sinal de que suas finanças não estão bem é o medo que você sente sempre que o assunto surge em uma conversa com amigos ou quando o gerente do banco resolve ligar para você. Isso pode ocorrer por uma insatisfação com o fato de você gastar tudo que recebe ou vergonha por não conseguir manter a casa ou o carro que tem.
Recente pesquisa, publicada em setembro pelo SPC Brasil, mostra que quase metade (48%) dos inadimplentes sente “vergonha por ter dívidas”. A “insegurança e o medo de não conseguirem quitar as pendências” atinge a marca de 44%.
Solução: Antes que alguém descubra sua real situação financeira, procure um profissional que possa te orientar sobre finanças pessoais. É melhor se abrir com quem pode te ajudar.
Você acha que aprender sobre dinheiro é algo chato
Se você pensa assim, então provavelmente não está dando a devida atenção ao assunto.
Solução: A informação está disponível em diferentes plataformas. Sites, rádio, televisão, jornais e revistas são fontes para você aprender mais sobre as maneiras de lidar com seu dinheiro. Está nas suas mãos correr atrás das mudanças necessárias.
Fonte: CNDL/ SPC Brasil