Confiança do empresariado baiano tem queda interrompida em setembro

30 de setembro de 2015

confiança empresariadoA Pesquisa de Confiança do Empresariado Baiano vem identificando pessimismo considerável da classe empresarial do estado nos últimos meses. Em setembro, no entanto, o Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), identificou ligeiro alívio no pessimismo.

O ICEB marcou -467 pontos neste mês, ante o registro de -479 em agosto – melhora de 12 pontos de um mês ao outro. Apesar do abrandamento deste mês, a expectativa geral do empresariado baiano permanece, desde outubro último, na zona de Pessimismo.

Após sete reduções consecutivas, a confiança do empresariado baiano teve o percurso de queda interrompido em setembro, pondo fim à maior sequência de recuos registrada na pesquisa – sem significar, entretanto, recuperação da confiança. Afinal, os meses de junho, julho, agosto e setembro deste ano apresentaram os quatro piores registros da série do ICEB.

A melhora da confiança neste mês, no entanto, não foi disseminada setorialmente, pois Agropecuária e Comércio reduziram o pessimismo. Em setembro, todos os setores situaram-se na região de Pessimismo dentro da escala de otimismo.

A Agropecuária, com -355 pontos em setembro, registrou a pior a marca da série – mantendo-se, entretanto, como o menos pessimista dentre os segmentos, apesar do recuo ter sido o maior entre os setores. A Indústria, pelo segundo mês seguido, apontou redução em seu nível de pessimismo, pontuando -428 pontos neste mês. Mesmo com o maior avanço no mês, Serviços continua o setor mais pessimista – registrando -496 pontos em setembro. O setor de Comércio registrou -484 pontos e aprofundou, pelo quinto mês seguido, o nível de pessimismo – fincando, neste mês, o valor mais negativo no intervalo de janeiro a setembro.

No mês de setembro, a expectativa referente ao cenário econômico melhorou, enquanto  a relacionada à performance das empresas retrocedeu – o que reduziu a distância entre os referidos Indicadores, mas manteve a confiança, quanto às variáveis econômicas, como a mais pessimista.

O Indicador de setembro, para as variáveis econômicas, registrou o segundo menor valor desde janeiro deste ano. Com -534 pontos, acréscimo de 42 pontos em relação ao mês antecedente (-576 pontos), as expectativas quanto ao cenário econômico mantiveram-se na zona de Grande Pessimismo no mês. A melhora da percepção, nesse recorte, ocorreu em três dos quatro setores investigados: o segmento de Indústria, o de Serviços e o de Comércio.

O Indicador para desempenho das empresas marcou -433 pontos em setembro, redução de 3 pontos frente ao registro do mês anterior (-430 pontos) – permanecendo, portanto, na faixa de Pessimismo. De janeiro para cá, a pontuação, em setembro, foi a terceira pior. A queda da confiança, em relação a este quesito, de um mês a outro, ocorreu ocorreu em três dos segmentos analisados: o setor de Agropecuária, o de Indústria e o de Comércio, a saber.

Em setembro, mais uma vez, todas as variáveis obtiveram avaliações negativas. PIB Nacional e Crédito foram as variáveis com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, apesar de negativos, Exportação e Câmbio foram aquelas com indicadores de confiança menos pessimistas. Pela sondagem de setembro, 59,8% dos entrevistados indicaram redução igual ou superior a 1% do PIB Nacional; 48,9% apostam que o Crédito estará pouco atrativo no futuro; 48,0% dos representantes patronais esperam estabilidade das exportações; e 34,8% apontaram o Câmbio como desfavorável nos próximos trinta dias.

Fonte: Sei/Ba