A Pesquisa de Confiança do Empresariado Baiano vem identificando pessimismo considerável da classe empresarial do estado nos últimos meses. Em setembro, no entanto, o Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), identificou ligeiro alívio no pessimismo.
O ICEB marcou -467 pontos neste mês, ante o registro de -479 em agosto – melhora de 12 pontos de um mês ao outro. Apesar do abrandamento deste mês, a expectativa geral do empresariado baiano permanece, desde outubro último, na zona de Pessimismo.
Após sete reduções consecutivas, a confiança do empresariado baiano teve o percurso de queda interrompido em setembro, pondo fim à maior sequência de recuos registrada na pesquisa – sem significar, entretanto, recuperação da confiança. Afinal, os meses de junho, julho, agosto e setembro deste ano apresentaram os quatro piores registros da série do ICEB.
A melhora da confiança neste mês, no entanto, não foi disseminada setorialmente, pois Agropecuária e Comércio reduziram o pessimismo. Em setembro, todos os setores situaram-se na região de Pessimismo dentro da escala de otimismo.
A Agropecuária, com -355 pontos em setembro, registrou a pior a marca da série – mantendo-se, entretanto, como o menos pessimista dentre os segmentos, apesar do recuo ter sido o maior entre os setores. A Indústria, pelo segundo mês seguido, apontou redução em seu nível de pessimismo, pontuando -428 pontos neste mês. Mesmo com o maior avanço no mês, Serviços continua o setor mais pessimista – registrando -496 pontos em setembro. O setor de Comércio registrou -484 pontos e aprofundou, pelo quinto mês seguido, o nível de pessimismo – fincando, neste mês, o valor mais negativo no intervalo de janeiro a setembro.
No mês de setembro, a expectativa referente ao cenário econômico melhorou, enquanto a relacionada à performance das empresas retrocedeu – o que reduziu a distância entre os referidos Indicadores, mas manteve a confiança, quanto às variáveis econômicas, como a mais pessimista.
O Indicador de setembro, para as variáveis econômicas, registrou o segundo menor valor desde janeiro deste ano. Com -534 pontos, acréscimo de 42 pontos em relação ao mês antecedente (-576 pontos), as expectativas quanto ao cenário econômico mantiveram-se na zona de Grande Pessimismo no mês. A melhora da percepção, nesse recorte, ocorreu em três dos quatro setores investigados: o segmento de Indústria, o de Serviços e o de Comércio.
O Indicador para desempenho das empresas marcou -433 pontos em setembro, redução de 3 pontos frente ao registro do mês anterior (-430 pontos) – permanecendo, portanto, na faixa de Pessimismo. De janeiro para cá, a pontuação, em setembro, foi a terceira pior. A queda da confiança, em relação a este quesito, de um mês a outro, ocorreu ocorreu em três dos segmentos analisados: o setor de Agropecuária, o de Indústria e o de Comércio, a saber.
Em setembro, mais uma vez, todas as variáveis obtiveram avaliações negativas. PIB Nacional e Crédito foram as variáveis com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, apesar de negativos, Exportação e Câmbio foram aquelas com indicadores de confiança menos pessimistas. Pela sondagem de setembro, 59,8% dos entrevistados indicaram redução igual ou superior a 1% do PIB Nacional; 48,9% apostam que o Crédito estará pouco atrativo no futuro; 48,0% dos representantes patronais esperam estabilidade das exportações; e 34,8% apontaram o Câmbio como desfavorável nos próximos trinta dias.
Fonte: Sei/Ba