Na hora de comprar novas roupas e acessórios para agradar os pequenos, os pais não medem esforços. Avalie se o que está sendo feito faz bem para seu filho e para o bolso
Educar os filhos é um desafio. Os pais, normalmente, não tem certeza se estão dando demais ou de menos para os pequenos e tem dificuldades de resistir a pedidos insistentes da criançada. Por outro lado, nos dias de hoje, sabemos que educar financeiramente as crianças é essencial. Primeiro, porque cabe aos pais impor limites, definindo o que é importante e, segundo, porque é fundamental que as crianças, desde cedo, compreendam a realidade financeira na qual vivem e aprendam a viver de acordo com sua real condição.
Por isso, o Portal Meu Bolso Feliz vai abordar um tema muito comum para todos: o guarda-roupa das crianças. Afinal, como vestir os filhos e até que ponto roupas precisam ser caras, renovadas com frequência e estarem aos montes dentro do armário da criançada? “Eu converso com diversas crianças de diferentes faixas etárias e escuto muitas perguntas vindas deles querendo entender as razões pelas quais os pais compram tanta roupa, para eles e para se próprios”, explica Ana Paula Hornos, educadora financeira e colunista do Portal Meu Bolso Feliz.
E essa avaliação é um importante ponto de partida na hora de saber se gastamos muito ou pouco com nossos filhos. “Antes da adolescência, a necessidade de ter um guarda-roupa cheio de roupas para a criança, normalmente vem dos pais”, conclui Ana Paula. E isso é perigoso porque é nesse período, quando a criança começa a ganhar muitas coisas como brinquedos, roupas e supérfluos no geral que ela passa a achar que pode ter tudo que quer, a qualquer hora. “Quando o pedido começa a vir da própria criança, é importante observar a importância do exemplo da mãe e pai ao lidarem com as compras ou do quanto esta criança está submetida à influência da mídia”, completa a educadora.
Além disso, é fundamental ter consciência de que roupas e acessórios passam a ter uma importância maior para os filhos na adolescência, quando se vestir passa a estar relacionado a ser aceito pelo grupo, à identidade própria em transição e à transformação do corpo. “Por isso, é tão importante começar a educação financeira com os filhos desde pequenos, para que eles aprendam e ganhem “massa muscular emocional” para lidarem com as compras e o dinheiro, ao longo das diversas fases de sua vida de forma saudável e equilibrada, fazendo a distinção entre necessidade e desejo, e estabelecendo prioridades”, conclui Ana Paula.
Então, fique atento! Primeiro, às próprias atitudes e, depois, ao comportamento dos filhos na hora de pedir algo que não estava nos planos. E para ajudar nessa tarefa nada fácil, o Portal Meu Bolso Feliz, com ajuda da especialista Ana Paula Hornos, listou 11 dicas práticas para começar:
A SE DISCIPLINAR
1- Estabeleça um valor para gastos com vestuário para seu filho e lembre-se que esse valor precisa caber no orçamento. Além disso, avalie se você está comprando roupas com muita frequência ou apenas quando há uma real necessidade de adquirir algo novo como, por exemplo, na mudança de estação.
2 – Se policie e lembre-se que não é preciso comprar uma roupa para cada data comemorativa, nem para você e nem para seu filho. Além disso, separe as roupas infantis mais novas para eventos especiais e deixe peças do dia a dia para serem usadas com mais frequência. Assim, as melhores peças duram mais tempo.
3 – Fique sempre atento às peças que seu filho gosta e usa mais. A economia é importante, mas é fundamental avaliar se aquele tênis ou moletom antigo já precisa ser renovado.
4- Se decidiu ir às compras, tenha atenção. Primeiro, examine o guarda-roupas de seu filho para ver o que realmente é necessário e faça escolhas inteligentes. Na hora de comprar uma calça, por exemplo, opte por uma com cor neutra, que combinará com peças alegres e divertidas.
5- Portanto, sempre procure comprar peças versáteis e clássicas que podem ser usadas em diversas ocasiões. A obrigação de seguir a moda pode significar um peso no orçamento e, provavelmente, não é um desejo do seu filho, e sim seu.
6- Se o objetivo ao sair de casa é o lazer e não as compras, evite levar o cartão de crédito com você. Assim, você resistirá aos apelos infantis de qualquer maneira.
7- Se estiver com seu filho, ao se deparar com um forte desejo de uma compra sem necessidade e que não estava nos planos, para você ou para ele, saia da loja, dê uma volta. Espere para voltar no dia seguinte.
A DISCIPLINAR AS CRIANÇAS
8 – Se seu filho te pedir uma roupa ou acessório fora de datas comemorativas ou que não exista uma necessidade imediata, ensine-o a analisar com você a prioridade daquele pedido.
9 – Planeje os meses e os anos junto com seu filho. Veja o que ele quer de aniversário, de Natal, mesmo se a data ainda estiver longe. Aprenda e ensine seu filho a esperar.
10– Desenvolva brincadeiras com seus filhos, de montar visuais diferentes, variando peças e acessórios que já estão no guarda-roupas. Brinque de fotografar os visuais montados. Criança aprende brincando! Você pode fazer o mesmo com seu guarda-roupa.
11- Exercite a doação em família. Além de ajudar a quem precisa, a criança vai desenvolver o hábito de olhar além de suas próprias vontades e desejos. Vai aprender que já tem muita coisa e começar a perceber que pode ajudar crianças que tem menos condições do que elas e passem a dar mais valor ao que possuem.
Fonte: Meu Bolso Feliz