Confira como brasileiro planeja pagar contas na velhice

2 de dezembro de 2015

aposentadosCaso você não possa mais trabalhar, daqui a dez anos, por vários motivos, entre eles a aposentadoria, pretende viver de quê? Pois é a pergunta de uma pesquisa feita pelo SPC Brasil para a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas. Vamos nessa?

Quase a metade dos ouvidos, ou melhor, 43%, para ser bem exato, responderam que caso não possam mais trabalhar acham que vão viver tão somente dos benefícios sociais do INSS que, todos sabem, é muito pouco.

Outros 24% acham que, na velhice, aposentados, vão viver da ajuda da família. Então 67% vão depender de alguém para sobreviver na aposentadoria.

Professor José Vignolli, educador financeiro. A continuação da vida na velhice, terceira idade, aposentado, ou mesmo se acontecer algum caso de invalidez, pode ser preparada quando a pessoa é mais jovem, o que acontece muito pouco, não é mesmo? “As pessoas confiam muito na cabeça, acham que têm todos os dados das contas na cabeça. A gente sabe que não funciona, não é um método confiável. Se as pessoas colocassem pelo menos no papel, no começo do mês, as suas despesas e comparassem com as receitas. É muito simples de fazer.”

Outra lembrança do professor. Quem não pensa numa reserva financeira, que pode ser uma casa, uma poupança, uma aposentadoria extra, que é paga a partir da mocidade, acontece o seguinte. Vai viver de favor de um filho, se este tiver condição, ou então da aposentadoria do INSS, que vai ser sempre menor do que o salário. E tem mais: vai gastar mais com remédios e plano de saúde.

De volta para a pesquisa. Na velhice, 43% acham que vão depender só do INSS. Outros 24% que vão depender de alguém da família. E os outros, acham o quê?

Os 13% restantes garantem que nem pensam no assunto. Deixam para lá. E por que isso está acontecendo? Simples. A maioria não está nem aí. Ou seja, pela pesquisa, seis em cada dez pessoas vivem além do que recebem e, portanto, além de endividados, não fazem qualquer tipo de poupança ou investimento.

Professor José Vignolli: “E essa pessoa, então, vai gastando sem se preocupar com o presente e achando que alguma coisa vai acontecer no futuro que vai resolver o problema dela. No final das contas, é um apagar de incêndio diário e a pessoa se acostuma com isso e acha que está tudo bem. Ela está sempre otimista com relação ao futuro, mas ela não cuida do presente. E na hora que esse futuro chegar, ela vai ver que não se preparou, que ela não poupou e isso cria um grande problema no futuro.”

Pense na vida futura.

Fonte: Rádioagência Nacional Online