Maior alta bateu nos alimentos e bebidas, que subiram 11,5% em 12 meses. Inflação desacelera para 6,2% em 2016 e chega a 4,8% no fim de 2017
Na economia, a perspectiva é ruim para inflação deste ano, que está quase terminando, mas deve melhorar em 2016.
O Banco Central divulgou, nesta quarta-feira (23), a última projeção do ano e previu que 2015 vai chegar ao fim com uma inflação de 10,8%, muito acima do teto da meta. Depois vai desacelerar para 6,2% em 2016 e chegar a 4,8% no fim de 2017.
A alta bateu mais nos alimentos e bebidas, que subiram 11,5% nos últimos 12 meses, segundo o IPCA, a inflação oficial. Com destaque para batata inglesa, tomate, açúcar cristal e refinado.
Quando a inflação sobe assim, o salário fica mais curto e perde poder de compra. Isso não só desorganiza as finanças da família, como faz com que as pessoas adiem planos. Se menos gente compra, isso atinge também as empresas e aí provoca um efeito cascata. O resultado é o país parando de crescer e entrando em recessão.
O produto interno bruto, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país, deve encolher, segundo a projeção do Banco Central, 3,6% este ano.
Para o economista Roberto Piscitelli, a crise política complica ainda mais as perspectivas de a economia melhorar no ano que vem. Por isso, o conselho é ter calma. “Acho que a ceia tem que ser mais simples, menos produtos importados. As viagens podem ser encurtadas. Preferível adotar roteiros nacionais, depois vem a lista do material escolar não é preciso comprar tudo de uma vez. Quando vier a conta dos impostos, de preferência aproveite os descontos, pague tudo de uma vez se livre dessa conta. Não assuma dívidas a longo prazo. Elas carregam uma carga financeira muito grande”.
Fonte: G1 /Jornal Hoje