6 em 10 jovens não abrem mão do negócio próprio por carteira assinada

27 de abril de 2016

81% com idade entre 18 e 34 anos não mantêm atividades profissionais. paralelas

size_590_laptops-jovens-cabosPesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 6 em cada 10 (57,7%) empreendedores com idade entre 18 e 34 anos não aceitariam trocar a atividade que desempenham em suas empresas por um emprego formal que pagasse um salário compatível com o mercado, somado aos demais benefícios previstos pela CLT.

Outros 23% dos entrevistados até aceitariam a proposta, mas tentariam conciliar o novo emprego com a sua empresa e apenas 3,7% concordariam em abandonar a vida de empresário para virar um trabalhador assalariado.

O estudo do SPC revela que conciliar a função de empresário com outras atividades profissionais é uma prática adotada pela minoria dos jovens empreendedores, o que demonstra um interesse focado no desenvolvimento de suas empresas.

Segundo o levantamento, 81,1% não têm trabalho paralelo, 8,9% têm um emprego formal e
5,4% trabalham de modo informal para outra empresa.

Dedicação integral
A pesquisa revela que 6 em cada 10 (59,9%) jovens empreendedores que exercem uma profissão paralela querem o desligamento de seus empregos para se dedicar de modo integral aos negócios.

A maior parte (46,9%), no entanto, admite que esse desejo só poderá se concretizar quando houver um faturamento que possibilite ganho igual ou maior ao que possuem atualmente.
Segundo a pesquisa, 10,7% das empresas comandadas por jovens empreendedores não sobrevivem de maneira independente e ainda precisam de aportes financeiros de outras fontes como sócios, amigos, ou investimentos pessoais para se manter em atividade.

Autonomia e independência
Para 15,7% dos entrevistados, ser empreendedor é sinônimo de não ter patrão; para 13,2% é ter o seu próprio negócio, mas ter de pagar impostos; para 6,7% é ter independência financeira; para 4,7% é ser guerreiro e se superar diante das dificuldades; e para 4,3% é contribuir para o crescimento do país a partir da geração de empregos.

Autoconfiança
Segundo a pesquisa, 88% se sentem confiantes para administrar seus negócios. Questionados sobre uma série de atributos relacionados à gestão do negócio, sendo que para cada quesito era preciso dar nota de 1 a 10, o levantamento mostra que os jovens empreendedores se enxergam como empresários que exercem suas atividades de liderança de modo eficiente. À exceção do item marketing e comunicação (7,6), em todas as áreas a média das notas foi superior a 8,0, com destaque para a capacidade e autoconfiança para administrar seu negócio com excelência (8,4), desenvoltura para vendas (8,2) e capacidade de inovação (8,1).

Fonte: Globo.com