As vendas de roupas e calçados neste inverno vão aliviar um pouco o prejuízo do comércio varejista. Com expectativas de temperaturas mais baixas, na comparação com invernos anteriores, os consumidores devem gastar um pouco mais. No entanto, não será o suficiente para a recuperação da crise que se agravou nos últimos anos.
Uma pesquisa inédita da Associação Comercial de São Paulo mostra qual o impacto do clima nas previsões de venda do comércio varejista. Ao término do inverno, em meados de setembro, o segmento apresentaria um recuo médio de 17,7% nas vendas no período acumulado de 12 meses, sem considerar o efeito da temperatura. Já quando é inserido o efeito-clima, a projeção é de uma diminuição de 14,8%, ou seja, de 2,9 pontos percentuais de diferença.
Em setembro de 2015, o setor fechou o inverno com uma queda de 6,5% nas vendas. Em 2014, a queda foi de 3,1%. O último ano com saldo positivo no comércio varejista no final do inverno foi em 2013, quando fechou com 1,8%.
“O frio é um elemento benéfico ao setor de vestuário, tecidos e calçados, pois ajuda a minimizar as quedas nas vendas, ajudando a combater um pouco os efeitos da crise”, avalia Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Para o mês julho, sem contar com o fator clima, a projeção do setor é de um recuo de 17,2%. Quando o fator clima, com previsão de temperaturas mais baixas que a média dos últimos anos, a expectativa de resultado é de queda de 15,2%. São dois pontos percentuais de diferença.
Fonte: R7