As atividades de tecidos, vestuário e calçados cresceram 3,5% e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação avançaram 10,2%
As vendas do comércio varejista do país cresceram 1% em abril, na comparação com março, na série livre de influencias sazonais, enquanto a receita nominal do setor fechou também com crescimento de 1,3%.
Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada hoje (13), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento de abril acontece depois de dois meses consecutivos de queda, período em que acumulou retração de 1,6%.
Apesar do crescimento de março para abril, as vendas do comércio fecham os primeiros quatro meses do ano com queda acumulada em termos de volume de vendas de 1,6% frente a igual período do ano passado, mas com crescimento de 1,5% no mesmo período em relação à receita nominal do setor.
Na série sem ajuste sazonal, no confronto com abril de 2016, o volume de vendas do comercio fechou com crescimento de 1,9%. Já o indicador acumulado nos últimos doze meses recuou 4,6%, registrando, porém, a menor queda desde os 5,3% de janeiro do ano passado.
Números comparativos
Para a receita nominal de vendas, além de 1,5% do crescimento acumulado no ano, os indicadores prosseguem com variações positivas de 3,4% frente a abril de 2016 e de 3,4 % no acumulado dos últimos doze meses.
Já em relação ao comércio varejista ampliado – que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e material de construção – houve crescimento de 1,5% de março para abril deste ano para o volume de vendas e de 2,3% para a receita nominal, ambas na série com ajuste sazonal.
Em relação a abril de 2016, no entanto, o varejo ampliado encerrou abril deste ano em queda de 0,4% para o volume de vendas, mas com crescimento de 0,7% na receita nominal.
Quanto às taxas acumuladas, as variações foram de -1,8% nos primeiros quatro meses do ano e de -6,3% nos últimos 12 meses para o volume de vendas. Já para a receita nominal, as taxas foram de 0,3% no acumulado do ano e de -0,4% nos últimos doze meses.
Razões do crescimento
O crescimento de 1% nas vendas do comércio varejista do país reflete, segundo o IBGE, alta em três das oito atividades pesquisadas, com destaque, principalmente, do setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. Esses setores, ao apresentarem aumento de 0,9% nas vendas, exerceram a principal influência no setor. Em fevereiro e março, eles registraram queda acumulada de 6%.
Também com crescimento importante para o desempenho geral do setor, as atividades de tecidos, vestuário e calçados cresceram 3,5% e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação avançaram 10,2%.
Na outra ponta, as pressões negativas de abril para março surgiram dos segmentos de livros, jornais, revistas e papelaria: queda de 4,1%; móveis e eletrodomésticos (-2,8%); combustíveis e lubrificantes (-0,8%); e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,4%). Já as vendas do setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico, com ligeira alta de 0,1%, ficaram praticamente estáveis.
Mais números
O avanço de 1% nas vendas do comércio varejista do país, de março para abril (série livre de influências sazonais) reflete resultados positivos em 14 das 27 Unidades da Federação, com os principais destaques sendo registrados em São Paulo (expansão de 8,2%), Goiás (4,1%), Acre (3,6%) e Amazonas (2,6%).
As maiores taxas negativas ocorreram em Tocantins, onde as vendas no comércio caíram 10,3%; Rondônia (-2,4%); e Sergipe (-2%). No Rio de Janeiro, com queda de 0,1%, o resultado ficou praticamente estável.
Fonte: Agência Brasil