A liberação dos recursos das contas inativas do FGTS é um dos principais fatores responsáveis pelo aumento do consumo
O crescimento nas vendas percebido setor varejista no mês de abril foi confirmado na pesquisa, divulgada nesta terça-feira (13), pelo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que registrou alta de 1,9% em abril em comparação com o mesmo período do ano passado.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a liberação dos recursos das contas inativas do FGTS é um dos principais fatores responsáveis pelo aumento do consumo. “A última pesquisa sobre o uso do FGTS da CNDL/SPC mostrou que boa parte dos brasileiros usam o dinheiro para saldarem suas dívidas, mas um importante percentual utiliza os recursos com despesas do dia a dia”, destacou Pinheiro.
Levantamento divulgado neste mês pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apontou que, dentre os trabalhadores que já realizaram saques, 38% usaram o dinheiro extra para quitar dívidas em atraso, enquanto 4% usaram esse recurso para pagar ao menos parte das pendências. Os que estão gastando esses valores com despesas do dia a dia representam 29% da amostra. Há ainda 19% de trabalhadores que optaram por poupar o benefício.
Supermercados puxam os resultados positivos
De acordo com a pesquisa do IBGE, o resultado positivo de 1,9% em comparação com abril do ano passado tem influência direta da Páscoa. Foi o primeiro resultado positivo em 24 meses, dando fim a uma sequência de quedas iniciadas em abril de 2015. No entanto, considerando o mês de março em comparação a abril, outros setores aqueceram as vendas.
Apesar da influência positiva dos hipermercados, supermercados, fumo e bebidas e produtos alimentícios, que registraram um aumento de 0,9% das vendas, os setores de tecidos, calçados e vestuário cresceram 3,5%, enquanto informática e comunicação, equipamentos e material para escritório apresentam taxa positiva de 10,2%.
O levantamento registrou queda de 0,8% nos combustíveis e lubrificantes, de 2,8% para móveis e eletrodomésticos e um recuo de 4,1% em livros, jornais, revistas e papelaria.