Procrastinar pode ser bom?

16 de agosto de 2018

A procrastinação foi, durante muito tempo, vista como um péssimo hábito dentro das organizações. Isso porque procrastinar é o ato de adiar, com outras atividades ou com a ausência delas, tarefas específicas. Um exemplo: o funcionário tem um relatório para entregar na sexta, e passa de segunda a quinta se distraindo em redes sociais, apenas para correr com a tarefa no dia limite. No entanto, nos últimos anos, cientistas, psicólogos e especialistas têm estudado esse comportamento sob uma nova ótica. Segundo Frank Partnoy, especialista em recursos humanos, e John Perry, autor do livro A arte da procrastinação (Cia das Letras, 2012),o ato de procrastinar deveria ser valorizado, pois pode ser positivo. Conheça alguns motivos:

1- Procrastinação estruturada: significa moldar a estrutura das tarefas que alguém precisa fazer de uma forma que se explore esse fato. Na sua mente, ou talvez até escrito em algum lugar, você tem uma lista de coisas que quer realizar, ordenada por importância. Atividades que parecem mais urgentes e importantes estão no topo. Mas há também afazeres que valem a pena ser realizados. Dar atenção a essas tarefas se torna uma forma de não fazer as coisas que estão no alto da lista, o que não deixa de ser um sistema eficiente.

2- Somente o necessário: o procrastinador vai saber como ninguém eliminar trabalhos e tarefas que não são, de fato, necessárias. Com isso, é provável que é ele que abra o olho do chefe e diga que “não vale a pena perder tempo e gastar dinheiro com isso”. E, no fim, o procrastinador pode estar certo.

3- Agilidade nos processos: quando o procrastinador finalmente começa uma atividade, ele realmente vai fazer de tudo para terminar o mais rápido possível, de acordo com Perry.

4- Melhores decisões: o procrastinador vai esperar até o último momento para escolher o caminho a seguir. De acordo com Partnoy, enquanto deixa todo mundo esperando, ele vai coletando informações e pensando nos prós e contras de cada alternativa. Assim, quem procrastina pode basear melhor suas decisões do que alguém que resolveu dar sua opinião ou reagir rapidamente.

Fonte: CIEE