O ministro da Economia, Paulo Guedes, recalibrou de R$ 42 bilhões para R$ 30 bilhões o potencial de liberação das contas ativas (dos contratos atuais) e inativas (de contratos anteriores) do FGTS. A medida deverá ser anunciada nesta quinta-feira, 18, como parte dos 200 dias do governo Bolsonaro.
A reportagem apurou que Guedes exigiu manter intocados os recursos do FGTS direcionados à construção civil. Por lei, os recursos do fundo são usados como fonte para financiamentos imobiliários, de saneamento e infraestrutura a juros mais baixos.
Depois que o Estadão/Broadcast revelou na terça-feira, 16, os detalhes da medida, o setor da construção ficou preocupado e buscou informações para garantir os recursos do fundo principalmente à habitação.
Uma das ideias é autorizar os saques na seguinte proporção: quem tem até R$ 5 mil no fundo, poderia pegar 35% do saldo; trabalhadores com até R$ 10 mil no FGTS teriam autorização para sacar 30%. Ainda se discutia qual parcela terá direito quem tem entre R$ 10 mil e R$ 50 mil no FGTS, mas o porcentual não foi definido. Acima de R$ 50 mil, o trabalhador só poderia sacar 10% do saldo total.
Além do FGTS, o governo vai permitir o saque de R$ 22 bilhões do PIS/Pasep. Mas a expectativa da equipe econômica é que somente R$ 2 bilhões sejam sacados pelos beneficiários.
Estadão