O que é o Tesouro Direto e como investir passo a passo?

30 de agosto de 2019

A partir de R$ 30 é possível investir em vários títulos disponíveis na plataforma do Tesouro Direto, que negocia títulos públicos

O que é o Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para a venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, por meio da internet.

Até 2002, o investimento em títulos públicos para pessoas físicas só era possível indiretamente, por meio de fundos de renda fixa, que podiam cobrar altas taxas de administração e reduziam, dessa forma, a rentabilidade do investimento.

A partir de R$ 30 é possível investir em vários títulos disponíveis na plataforma do Tesouro Direto. Esses títulos têm diferentes tipos de rentabilidade (prefixada, ligada à variação da inflação ou à variação da taxa Selic — taxa de juros básica da economia), prazos de investimento e formas de remuneração.

Como investir no Tesouro Direto?

1) É preciso ter CPF e conta-corrente;

2) Depois, é preciso se cadastrar no Tesouro Direto por meio de uma instituição financeira, que pode ser um banco, uma corretora ou uma distribuidora de valores. Dica: escolha uma instituição que não cobre taxas para operar. Quanto mais taxas pagar, menor será seu rendimento;

3) Após o cadastro, o investidor recebe uma senha, via e-mail, que permite o acesso à área exclusiva para investidores do Tesouro Direto  https://tesourodireto.bmfbovespa.com.br/PortalInvestidor/login.aspx ;

4) A partir desse momento, você estará apto(a) a investir nos títulos que desejar.

O valor mínimo a ser investido é R$ 30 e o limite máximo de aplicação por investidor é de R$ 1.000.000,00 por mês. Não há limite financeiro para resgates.

Quanto custa investir no Tesouro Direto?

O investidor paga:

  • Taxa de custódia: para a B3 de 0,25% ao ano
  • Taxas da instituição financeira: varia de zero (há várias instituições que não cobram essa taxa) até xx%.

Essas taxas taxas são pagas para o primeiro ano da aplicação, no ato do investimento no título. Caso você queira resgatar seus títulos antes de completar um ano da sua aplicação, não haverá devolução desses valores. As taxas relativas aos demais anos serão proporcionais ao período em que você mantiver os títulos em carteira e serão cobradas no recebimento de juros semestrais, resgates antecipados ou vencimento do título.

  • Cobrança do IR: Os rendimentos recebidos sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte, cobrados no momento do resgate antecipado, no pagamento de cupom de juros e no vencimento dos títulos. Vale lembrar que a cobrança do IR é regressiva. Ou seja, quanto mais tempo o investidor deixar o seu dinheiro aplicado, menor será o imposto de renda devido, conforme tabela a seguir:
  • 22,5%, em aplicações com prazo de até 180 dias;
  • 20%, em aplicações com prazo de 181 dias até 360 dias;
  • 17,5%, em aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias;
  • 15%, em aplicações com prazo acima de 720 dias.

R7