Existem mais de 205 doenças relacionadas à ingestão de carne contaminada. Não compre carne sem selo de inspeção
Mais de 215 mil toneladas de carnes bovina indo para a mesa dos baianos sem passar por inspeção. Esses dados são do Sindicato da Indústria de Carnes do Estado da Bahia (SINCAR) para o ano de 2010. Quase dez anos depois, a situação não melhorou.
Só no último mês, cerca de meia tonelada de carne sem certificação foi apreendida na cidade de Planalto. O brasileiro consome em média cinco a trinta quilos de carne bovina por ano, ainda de acordo com o SINCAR. Consequentemente, a população fica vulnerável à incidência de doenças vindas da má qualidade da mercadoria.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) contabiliza mais de 205 doenças que podem ser transmitidas através da ingestão de carne estragada. Os tipos de contaminações acontecem tanto por meio do animal já infectado, quanto no manejo incorreto da carne durante e após o abate.
Entre as doenças estão a tuberculose, toxoplasmose, botulismo, brucelose e a mais grave de todas, a cisticercose, causada pela ingestão de carne com ovos de tênia. Estas zoonoses trazem complicações para diversas partes do corpo, apresentando diferentes sintomas e níveis de gravidade.
A mudança começa pelo consumidor que deve cobrar a procedência da carne e observar seu estado de conservação. Consumir produtos de origem clandestina é crime. Além de causar diversos problemas à saúde da população, a carne clandestina também gera consequências ambientais e econômicas. Exija sempre carnes fiscalizadas e que tenham o selo Serviço de Inspeção Federal (SIF), Estadual (SIE) ou Municipal (SIM). Pergunte e cobre seu açougueiro, você é nosso principal fiscal!
Sobre a campanha:
A campanha “Carne clandestina, Saúde em risco” visa combater a cultura irregular da carne clandestina junto à população e aos comerciantes. Mais informações acesse o site: www.carneclandestinanao.com.br