Negociação de dívidas: como funciona?

25 de novembro de 2019

Está com o nome sujo? Descubra como colocar as dívidas em ordem 

Se você tem mais de 18 anos e pelo menos uma conta em atraso, você faz parte da estatística de inadimplentes no Brasil. Cerca de 62 milhões de brasileiros estão com o CPF negativado, segundo um levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL).

Quando isso ocorre, é preciso entrar em contato com o credor, demonstrar interesse em regularizar a situação e, enfim, negociar o pagamento em parcelas que caibam no seu bolso.

Para o credor, receber alguma coisa é melhor do que não receber nada. Isso dá a você poder de negociação – é hora de pedir descontos!

“Antes da conversa com o credor, faça todas as contas em casa e chegue a um valor de pagamento mensal que não comprometa muito sua renda. Veja também se tem algum dinheiro guardado que poderia ser usado para quitar uma parcela maior da dívida”, orienta Marcela. “Utilizar plataformas online, como o Feirão Nacional SPC pode te ajudar nessa tarefa”, acrescenta Vignoli.

Entenda por que você está no vermelho

Mesmo negociando suas dívidas e saindo do vermelho, é importante analisar o que te levou a essa situação para que ela não se repita.

Segundo Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, os principais motivos que levam os brasileiros a se endividarem são a falta de controle com gastos (como gastar mais do que se ganha) e a falta de planejamento de longo prazo.

Quando não há planejamento financeiro, situações inesperadas podem resultar em problemas no orçamento, como um caso de doença ou desemprego. “Se a pessoa tiver organização financeira e uma poupança para imprevistos, até esses casos podem ser evitados”, diz Marcela.

A melhor maneira de mudar essa realidade é a educação financeira em todos os níveis. “Precisa envolver não só as escolas, mas os agentes financeiros, como os bancos e, particularmente, suas formas de contato com o público, não deixando de mostrar seus produtos e serviços, mas fazendo de forma a evitar o endividamento irresponsável e algumas vezes até involuntário”, sugere o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.

Para evitar que esse ciclo se repita em sua vida, você pode:

  • Fazer um diagnóstico da vida financeira;
  • Colocar ganhos e gastos no papel para identificar e cortar os excessos;
  • Desenvolver atenção e disciplina com o dinheiro;
  • Evitar a tentação (como cancelar o cartão de crédito e o limite de cheque especial);
  • Começar uma reserva financeira para emergência e para o longo prazo, pensando no futuro.

Meu Bolso Feliz