Estudo buscou avaliar impactos da segunda onda da Covid-19 nas micro e pequenas empresas
Uma pesquisa realizada pelo Sebrae aponta que 87,55% dos empresários baianos pretendem permanecer ou iniciar a comercialização dos seus produtos através dos meios digitais. Essa é uma necessidade imposta pela pandemia do novo coronavírus, em função das medidas restritivas e do consequente desenvolvimento de novos hábitos de consumo da população.
Essa é a primeira edição de análise dos impactos da segunda onda da Covid-19 nesses empreendimentos.
Ainda nesse contexto, 68,62% ainda não consideram sua empresa digital. Desse total, 45,73% informaram que o motivo é por ainda possuir dificuldades com ferramentas digitais. Além disso, 72,05% afirmam não ter recursos suficientes para investir em modernização.
Dos que estão inseridos no mundo digital, 61,41% afirmam usar a ferramenta WhatsApp Business, enquanto 48,96% estão fazendo vendas por meio das redes sociais.
O estudo do Sebrae aponta ainda que 70,22% dos entrevistados afirmaram que o faturamento bruto mensal da empresa diminuiu devido às medidas restritivas. Desse total, 45,45% informaram que houve uma redução de 51% em seu faturamento em comparação com o primeiro trimestre de 2020.
Segundo a pesquisa, 29,05% adotaram medidas alternativas somente a partir da segunda onda. Essas medidas incluem redução da carga horária, delivery, divulgação online, atendimentos por agendamento, entre outros.
Com relação aos benefícios ofertados pelo poder público, 48,95% afirmaram não conseguir acessar durante a segunda onda, enquanto 22,36% acessaram o auxílio emergencial.
Ainda de acordo com o estudo, 41,91% dos empresários entrevistados já estavam com dívidas em atraso, postergadas ou mesmo não pagas antes da segunda onda.
Outros 49,38 % disseram que entre as medidas adotadas na primeira onda mantidas na segunda estavam o atendimento de protocolos para higienização do ambiente e proteção de empregados e clientes. Já 43,57% afirmaram que focaram num maior rigor com relação à contração de dívidas.
Equilibrar as finanças é a maior dificuldade enfrentada para 68,65% dos entrevistados. Já para 60,17%, a maior dificuldade é manter o volume de vendas.
A pesquisa do Sebrae entrevistou, via e-mail, 403 donos de pequenos negócios no estado no mês de maio de 2021. A margem de erro é de 5 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
Agência Sebrae de Notícias Bahia