Indústrias relacionadas ao metaverso devem movimentar R$ 4 tri até 2024

13 de maio de 2022

Muito além do conceito, as indústrias que se formaram em torno do metaverso já movimentam números expressivos. De acordo com dados da Bloomberg Inteligence, segmentos como RV (Realidade Virtual) e de RA (Realidade Aumentada), games, cloud e outros, devem movimentar mais de R$ 4 trilhões até 2024.

O destaque para o tema estar em evidência, no último ano, foi a aposta da Meta, conglomerado de tecnologia e mídia social de Mark Zuckerberg, de investir mais de R$ 770 milhões e contratar mais de 10 mil profissionais para a criação do seu ambiente virtual. Além disso, as receitas provenientes do mercado de RV e RA podem chegar a mais de R$ 2 trilhões em 2025. Os dados fazem parte do infográfico “Metaverso – O caminho entre o real e o virtual”, desenvolvido pela área de Insights & Innovation da FleishmanHillard Brasil.

De acordo com os dados levantados pela FleishmanHillard Brasil, 49% das pessoas estão dispostas ou muito dispostas a interagir com o metaverso; 54% afirmam que querem conhecer este ambiente, mas ainda não sabem se querem utilizá-lo; 6% dos brasileiros que usam a internet, cerca de 5 milhões de pessoas, já transitam por alguma versão do metaverso. As grandes marcas de varejo como Coca-Cola, Gucci, Itaú e Nike já estão conectadas e criando espaços para promover experiências em plataformas virtuais. A grife de luxo Gucci vendeu a versão digital da bolsa Dionysus no jogo Roblox por R$ 21 mil, preço maior que a versão física do produto.

O metaverso também fará novas profissões surgirem, entre elas estão: Mental Coach, Revendedor de NFT, Proprietário de Terra Virtual, Corretor Virtual, Gerente de Coleções e Organizador de Eventos. E nesse novo universo o 5G terá papel fundamental. A nova velocidade de conexão ajudará a transformar o metaverso a partir de uma transmissão de dados mais rápida, na revolução na conexão dos aparelhos e na acessibilidade na criação de mundos complexos para que as pessoas entrem e façam parte.

Os investimentos da Meta
Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, atual Meta, anunciou dia 25 de abril a inauguração da primeira loja da empresa, prevista para abrir dia 9 de maio em Burlingame, Califórnia, nos Estados Unidos. Através de uma publicação no Instagram, Zuckerberg mostrou detalhes da loja e dos itens que ficarão disponíveis para venda. Um deles é o Quest 2, óculos de realidade virtual que é capaz de realizar projeções imersivas. O dono da Meta afirmou que o novo projeto facilita a interação com os produtos da empresa e contribui para que as pessoas experimente os próximos passos da empresa no metaverso.

O Facebook tornou-se Meta em outubro do ano passado. “Somos uma companhia que desenvolve tecnologia para conectar e, juntos, podemos colocar as pessoas no centro dessa tecnologia e desbloquear uma economia de criadores mundo afora”, afirmou Zuckerberg explicando que a nova marca não abrange totalmente o que o ecossistema de Facebook entrega. “Neste momento, Meta está ligada a um produto em especial, que é nossa aposta no metaverso, mas, aos poucos, esperamos ser vistos como uma empresa com foco em várias soluções desse universo”, ressaltou.

Fonte: Forbes