Consumidores da geração Alpha ditam novo ritmo para as marcas

21 de julho de 2022

A geração Alpha está transferindo toda sua hiperconectividade e urgência de pertencimento para o mundo do consumo, e isso está exigindo um novo olhar das marcas para esse público e para o próprio negócio

A geração Alpha é diferente. Ela já cria seus próprios conteúdos digitais e agora também quer criar seus próprios brinquedos e está interessada em ações financeiras. Mas, diferente de outras gerações, elas estão utilizando muita tecnologia para essa “nova brincadeira”.

Prova disso vem de uma impressora 3D para crianças que chegou ao mercado norteamericano no início de junho. A máquina, construída pela Toybox, dá às crianças a chance de fazer seus próprios brinquedos.

O pacote inclui um catálogo próprio de itens. Alguns deles são bem conhecidos desse público. São personagens de séries populares dos canais Cartoon Network, DC Comics, Warner Bros., entre outros.

Os usuários podem selecionar os bonecos em uma seleção de caracteres dentro de um aplicativo e imprimir os brinquedos em uma variedade de cores. Todos feitos de material biodegradável.

Geração Alpha e novos hábitos de consumo
Os hábitos de consumo da geração Alpha não estão fora do radar das marcas, já que para transacionar com esse público elas devem acompanhar o seu ritmo e suas preferências.

BusyKid é outro exemplo. O aplicativo que está de olho nessa geração que já é bem apegada à finanças. Ele dá aos Alphas a possibilidade de controlar gastos, poupança, fazer doações e até investimentos.

Ele permite a compra de ações fracionárias (papéis negociados em quantidade inferior ao lote padrão da bolsa de valores) das empresas favoritas dessa geração (Apple, Disney, Nintendo, Netflix entre outras). O interessante desse app, veiculado à bandeira Visa, é que ele permite que todas as tarefas sejam aprovadas pelos pais, que também podem até dar uma forcinha nos investimentos de seus filhos.

O compromisso das marcas com a geração Alpha está mudando
A geração Alpha também tem levado cada vez mais questões globais e sociais para o radar de discussões das marcas, influenciando as corporações a fazerem o seu melhor para se conectarem com esses futuros consumidores.

O presidente e CEO da Nike, John Donahoe, em conversa recente com a Vogue Business, disse que a companhia entende e busca estar em sintonia com essa geração pré-adolescente. Ele percebe que essa parcela de consumidores “está definindo a agenda e o futuro dos negócios”.

Nesse ponto, Donahoe destacou como a Nike está alinhada à causas sociais e à “importância da autenticidade” – que sempre foi o mote para a marca se conectar com os jovens.

Não há dúvidas que essa geração de consumidores querem agora ter uma opinião sobre marcas e os produtos que estão comprando e usando. Porém, há uma percepção de que a geração Alpha está levando esse “imperativo co-criativo” a novos patamares.

No fundo, a história nos ensina que marcas devem ficar de olho não só em como os jovens transformam e dão um novo ressignificado ao consumo, mas, sobretudo, em como as marcas devem dialogar com seu público.

As novas gerações estão cada vez mais impulsionando audiência, influenciando decisões de compras e ditando transformações de negócios à medida que entram no jogo do consumo. Talvez agora um pouco mais distante das ruas, onde em outras épocas eclodiam tendências e comportamentos, mas, não menos contundentes, tendo hoje a tecnologia e um smartphone nas mãos.

Fonte: Consumidor Moderno