101,8 milhões de brasileiros devem ir às compras para o Dia dos Pais, indica pesquisa

5 de agosto de 2022

Data deve movimentar mais de R$ 24 bi na economia. 78% pretendem pagar o presente à vista, principalmente no PIX (29%). 31% dos que pretendem presentear estão com contas atrasada

 

O Dia dos Pais deve movimentar R$ 24,09 bilhões no comércio. É o que aponta levantamento realizado pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas. De acordo com a pesquisa, 63% dos consumidores pretendem comprar presentes no Dia dos Pais este ano. Na prática, isso significa que aproximadamente 101,8 milhões de pessoas devem presentear seus entes queridos no segundo domingo de agosto.

Apesar da importante movimentação na economia, o número de consumidores que não pretendem comprar em 2022 cresceu 6 pontos percentuais em comparação com o ano passado, passando de 21% para 27%.

Em relação aos gastos, 34% têm intenção de gastar o mesmo valor que em 2021, 29% desejam desembolsar mais, e 26% querem gastar menos.

Entre aqueles que pretendem gastar mais, 50% desejam comprar presentes melhores, 49% acreditam que os preços dos produtos estão mais altos e 19% querem comprar mais presentes. Já entre aqueles que pretendem gastar menos, 37% querem economizar, 36% estão com o orçamento apertado, 20% citam as incertezas do cenário econômico e 18% precisam pagar dívidas atrasadas.

A pesquisa aponta que o valor médio dos gastos será de R$ 236,77 ao todo. Os consumidores pretendem comprar, em média, 1,8 presente.

Itens de vestuário lideram o ranking de presentes para o Dia dos Pais. 78% pretendem pagar à vista

Oito em cada dez consumidores (78%) pretendem pesquisar preços para economizar antes de fazer as compras do Dia dos Pais, sendo que a maioria utiliza sites/aplicativos (73%), lojas de shopping (53%), as redes sociais (41%), e lojas de rua (38%). Para 75% dos entrevistados que fizeram compras na data em 2021, os produtos estão mais caros este ano; 17% acreditam que estão na mesma faixa de preço; e 8% que estão mais baratos.

Assim como no ano passado, as roupas correspondem à maior parte das intenções de compra para a data (54%), seguidas de perfumes e cosméticos (37%), calçados (35%) e acessórios (25%), como meias, cinto, óculos, carteira e relógio.

A grande maioria dos consumidores (78%) pretende pagar o presente à vista, principalmente no PIX (29%), dinheiro (25%), no cartão de débito (24%). 37% preferem pagar a prazo, principalmente com parcelas no cartão de crédito (33%). A média geral é de 3,4 prestações.

O levantamento aponta ainda que 82% dos consumidores pretendem pagar o(s) presente(s) sozinhos, enquanto 14% vão dividir, seja uma parte do valor (8%) ou integralmente (5%), com outra pessoa. Entre estes, 27% pretendem dividir o pagamento do(s) presente(s) porque os preços estão muito altos, 26% querem dar um presente melhor/mais caro e 23% afirmam que é uma forma de reduzir os gastos.

Entre os entrevistados, 65% pretendem presentear o próprio pai, 21% o esposo, 13% o pai de seus filhos e 10% o sogro.

78% pretendem pesquisar preços. Lojas físicas serão os principais locais de compras

Os consumidores estão atentos aos preços e vão pesquisar antes de comprar os presentes. De acordo com o levantamento, 78% dos consumidores pretendem pesquisar preços para economizar antes de fazer as compras, sendo que a maioria utilizará sites/aplicativos (73%), lojas de shopping (53%), as redes sociais (41%), e lojas de rua (38%).

A pesquisa aponta também que oito em cada dez entrevistados (79%) pretendem realizar a maioria de suas compras nos canais off-line, principalmente em shoppings centers (35%), nos shoppings populares (17%) e em lojas de departamento (14%). Por outro lado, as compras pela internet também têm papel bastante relevante na preferência dos consumidores, já que 43% dos entrevistados pretendem comprar a maior parte dos presentes na internet, sendo que 70% destes comprarão em sites, 64% em aplicativos e 21% no Instagram. 

“As compras pela internet, que já eram uma tendência em crescimento, se mostram cada vez mais fortes. Por isso, é importante que o comércio se prepare. Mesmo os micro e pequenos negócios, que não possuem uma página na internet, por exemplo, podem utilizar as redes sociais e aplicativos como WhatsApp para atender e atrair os consumidores”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

Quando se trata de escolher o local de compra do presente, 50% são influenciados pelo preço, 42% pela qualidade dos produtos, 39% pelas promoções e descontos, e 31% pelo frete grátis.

O principal local de comemoração da data será na própria casa (37%), seguido pela casa do pai (33%) e 10% pretendem almoçar fora.

“O Dia dos Pais é um termômetro para o início do processo de contratação da mão de obra temporária pelo comércio no segundo semestre. A expectativa é de que tanto as comemorações quanto os presentes tragam uma movimentação importante para o comércio em todo o país”, afirma Costa.

24% dos entrevistados costumam gastar mais do que podem para presentear no Dia dos Pais

A vontade de retribuir o carinho e o esforço do pai (45%), ter o costume de presentear pessoas queridas (30%) e considerar que o presente é um gesto importante (22%) são os principais motivos apontados pelos entrevistados que irão comprar presentes no Dia dos Pais.

O problema surge quando a vontade de demonstrar gratidão se sobrepõe à responsabilidade sobre as finanças pessoais: 24% dos entrevistados costumam gastar mais do que podem com os presentes de Dia dos Pais e 11% pretendem deixar de pagar alguma conta para realizar a compra. Além disso, 31% dos que pretendem presentear estão atualmente com o pagamento de alguma conta em atraso, sendo que 59% destes também estão com o nome negativado.

“A inadimplência é prejudicial tanto para o consumidor, que fica com seu poder de compra limitado, quanto para o lojista, que deixa de receber por uma venda já concretizada. O consumidor deve presentear, sim, porém, é importante respeitar o tamanho do próprio bolso, planejar os gastos e fazer muita pesquisa de preço, dando prioridade ao pagamento à vista. Para quem está inadimplente, a prioridade deve ser o a negociação e o pagamento das dívidas”, explica a especialista em finanças da CNDL, Merula Borges.

CNDL