Mercado bilionário: demanda cresce e moda plus size planeja R$ 15 bilhões de faturamento até 2027

15 de maio de 2023

Avanço é impulsionado por pequenos negócios, que representam mais de 90% do setor

Os debates sobre inclusão e aceitação aos corpos fora do padrão têm crescido no mercado de vestuário. E, impulsionado pelo alcance da internet e das redes sociais, o tema já começa a alterar as configurações do segmento de moda — principalmente no que diz respeito a roupas plus size.

Segundo os dados mais recentes da Associação Brasil Plus Size (ABPS), o segmento movimentou R$ 9,6 bilhões em 2021 e tem expectativa de alcançar os R$ 15 bilhões em faturamento até 2027.

De acordo com especialistas ouvidos pelo g1, o movimento não é de hoje, mas ganhou força durante a pandemia e tende a crescer ainda mais nos próximos anos — resultado de mudanças na percepção e comportamento dos consumidores que, mais empoderados, demandam uma maior diversidade de produtos e peças que atendam a diferentes estilos.

Lá fora, nomes como Dolce&Gabbana e Versace, por exemplo, já trabalham há anos com tamanhos maiores do que a grade convencional. Por aqui, no entanto, esse movimento é mais recente, e só agora o mercado plus size começa a dar passos mais largos rumo a uma participação maior no setor de vestuário.

O crescimento, no entanto, é gradativo. O segmento ainda sente os impactos da pandemia de Covid-19, que trouxe uma queda geral na produção do setor de vestuário. Dados do IEMI – Inteligência de Mercado apontam que a produção de roupas plus size registrou uma queda de 5,4% em 2022 em relação ao ano anterior, com aproximadamente de 178,2 milhões de peças fabricadas.

Os debates sobre inclusão e aceitação aos corpos fora do padrão têm crescido no mercado de vestuário. E, impulsionado pelo alcance da internet e das redes sociais, o tema já começa a alterar as configurações do segmento de moda — principalmente no que diz respeito a roupas plus size.

Segundo os dados mais recentes da Associação Brasil Plus Size (ABPS), o segmento movimentou R$ 9,6 bilhões em 2021 e tem expectativa de alcançar os R$ 15 bilhões em faturamento até 2027.

De acordo com especialistas ouvidos pelo g1, o movimento não é de hoje, mas ganhou força durante a pandemia e tende a crescer ainda mais nos próximos anos — resultado de mudanças na percepção e comportamento dos consumidores que, mais empoderados, demandam uma maior diversidade de produtos e peças que atendam a diferentes estilos.

Lá fora, nomes como Dolce&Gabbana e Versace, por exemplo, já trabalham há anos com tamanhos maiores do que a grade convencional. Por aqui, no entanto, esse movimento é mais recente, e só agora o mercado plus size começa a dar passos mais largos rumo a uma participação maior no setor de vestuário.

O crescimento, no entanto, é gradativo. O segmento ainda sente os impactos da pandemia de Covid-19, que trouxe uma queda geral na produção do setor de vestuário. Dados do IEMI – Inteligência de Mercado apontam que a produção de roupas plus size registrou uma queda de 5,4% em 2022 em relação ao ano anterior, com aproximadamente de 178,2 milhões de peças fabricadas.

Pequenos empreendedores respondem por mais de 90% do mercado
Mas, mesmo com o avanço do segmento dentro dos grandes varejos de moda, especialistas contam que o volume de pessoas que continua sem encontrar roupas com o tamanho apropriado ainda é grande.

Não à toa, parte importante do crescimento desse mercado também vem da ascensão de empreendedores, muitos dos quais decidiram montar o próprio negócio porque também passaram pela dificuldade de não encontrar peças modernas que tivessem um bom caimento no corpo gordo.

“Exatamente por já terem sentido essa dor, muitos dos nossos empreendedores não eram originalmente da área de confecção, mas aprenderam a fazer roupas em tamanhos maiores para atender sua própria necessidade”, diz a presidente da ABPS, Marcela Elizabeth.

“Isso explica o porquê de, dentro da estatística nacional, mais de 90% do mercado plus size ser formado por pequenos empreendedores.”

É o caso de Rodrigo Santos, 39, fundador da marca Lambuzada. O empresário conta que, sem encontrar peças que o vestissem bem e se adequassem ao seu gosto, começou produzindo camisas para uso próprio – e a ideia da marca deslanchou em 2015, quando outros amigos gordos e pessoas na rua começaram a perguntar sobre suas roupas.

Mas apesar de a Lambuzada atender tamanhos do PP ao G8, Santos conta que a marca ainda deixa pessoas desatendidas, já que há pessoas que vestem peças maiores. Nesses casos, o empresário diz que produz peças personalizadas, feitas com base nas medidas de uma roupa que a pessoa já tenha e que a vista bem.

Além disso, outro ponto que também deve começar a evoluir são os preços do setor. Santos conta que ainda é comum no mercado entrar em uma loja e encontrar peças plus size que são duas ou até três vezes mais caras do que aquelas de tamanhos convencionais.

G1