7 em cada 10 consumidores compraram em sites internacionais, aponta estudo da CNDL/SPC Brasil

1 de fevereiro de 2024

Estimativa é de que 91 milhões de consumidores tenham feito compras em sites internacionais nos últimos 12 meses que antecederam a pesquisa. Vestuário, acessórios para celular/informática e artigos para casa foram os principais produtos comprados

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, aponta que 77% dos consumidores compraram pelo menos 1 vez em sites Internacionais nos últimos 12 meses que antecederam a pesquisa.  O que representa 90,83 milhões de consumidores.

As principais razões apontadas pelos entrevistados foram: preço reduzido, economia de gastos (76%), maior variedade de produtos (48%), achar produtos raros, difíceis de encontrar ou que não estão à venda no Brasil (34%).

Os principais produtos adquiridos em sites internacionais foram vestuário, calçados, acessórios (59%), acessórios para celular/tablet ou computador (37%), artigos para casa (36%) e cosméticos / perfumes (23%).

De acordo com o levantamento, em média, foram realizadas 3,9 compras em sites internacionais nos últimos 3 meses da realização da pesquisa. O valor gasto na última compra foi de R$ 202.

“A falta de pagamento de tributos por parte das plataformas internacionais faz com que alguns produtos apresentem preços inferiores aos cobrados no país. A concorrência desleal com os produtos nacionais traz um impacto nocivo à competitividade e crescimento das empresas brasileiras e à economia do país”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

 Cartão de crédito é a principal forma de pagamento. 90% afirmam que faz pesquisa de preço em sites brasileiros antes de definir uma compra em sites internacionais

O levantamento aponta que as formas de pagamento mais usuais para compras em sites internacionais são o cartão de crédito (53%) e o PIX (41%). Além disso, a maioria dos consumidores está atenta aos preços, uma vez que 90% afirmam que costumam fazer pesquisa em sites no Brasil antes de definir uma compra em sites internacionais, sendo que 54% fazem isto sempre e 36% às vezes.

Outro aspecto importante diz respeito às taxas que podem ser cobradas ao adquirir um produto em site internacional. 88% dos consumidores verificam as taxas que podem ser cobradas antes da compra, pois dependendo do valor pode não compensar.

Por outro lado, 45% admitem não ter conhecimento de quais são as taxas envolvidas nas compras internacionais e 55% dizem saber.

Em relação à preferência dos sites, 55% preferem comprar em lojas de sites chineses, mesmo sabendo que prejudicam o comércio local. Os sites mais utilizados nas compras são Shopee (80%), Amazon (59%), Shein (54%) e Aliexpress (36%).

Considerando uma nota de 1 a 5, 86% declaram-se satisfeitos em algum grau com as compras feitas em sites internacionais. Sendo 4,1 a nota média de satisfação.

A respeito da experiência de compra, 75% não tiveram problemas na última compra. Entretanto, 21% tiveram algum tipo de contratempo, sendo os principais falta de suporte ao cliente (7%), entrega fora do prazo (6%), produto diferente do anunciado/foto (4%), não recebeu o produto (4%) e receber o produto danificado ou com defeito (4%).

Questionados sobre as principais desvantagens de compra em sites internacionais, foram apontadas o tempo de entrega (49%), o risco de o produto ter baixa qualidade (36%), dificuldade para a troca (35%) e a possibilidade da compra ser barrada na alfândega, ficar presa e ter que pagar uma taxa para retirá-la (33%). Considerando uma nota de 1 a 10. A nota média de avaliação quanto ao grau de segurança contragolpes é 7,4.

CNDL