Pesquisa aponta que 34,6% dos empregos diretos no setor de casa e decoração vêm de microempresas

16 de fevereiro de 2024

Só em 2022, foram mais de 161 mil empregos diretos e apenas 15% vêm das grandes organizações

Em parceria com o IEMI – Inteligência de Mercado, a ABCasa (Associação Brasileira de Artigos para Casa, Decoração e Celebração), revelou dados exclusivos sobre o maior número de empresas atacadistas e de mão de obra empregada no País.

De acordo com os dados apurados, entre 2021 e 2022, as micro (0 a 19 funcionários) e médias empresas (20 a 40 funcionários) foram as únicas que apresentaram crescimento no pessoal ocupado e incremento na participação geral de pessoal empregado no nicho de artigos para casa.

Para Anderson Passos, diretor executivo da ABCasa, esse aumento é resultado do crescimento do mercado de casa e decoração e da profissionalização do setor. “Em nossas feiras, por exemplo, vemos o aumento significativo de visitantes que são microempreendedores e profissionais do setor de casa e decoração em busca de novas oportunidades para o seu crescimento dos seus negócios”.

Empregos por região
Em termos regionais, o Sudeste representa a maior parcela, com 60% da mão de obra empregada no país nesse segmento, enquanto o Nordeste contribui com 15,7% do total, empregando mais de 25 mil pessoas. O Sudeste, por sua vez, conta com mais de 96 mil trabalhadores. No que diz respeito ao crescimento, no período entre 2021 e 2022, as regiões Nordeste, Sudeste e Sul registraram variações positivas no pessoal ocupado, com aumentos de 2,6%, 1,5% e 2,8%, respectivamente.

Cenário Nacional
De acordo com o estudo apresentado pela ABCasa, o mercado de varejo de artigos para casa, decoração, presentes, celebrações e utilidades domésticas do Brasil apresentou números expressivos em 2022, revelando um setor robusto e em crescimento constante, que movimentou mais de R$ 96,3 bilhões no ano passado, envolvendo 238,9 mil pontos de venda em todo o país.

Dentre esses pontos de venda, 135,2 mil são lojas de varejo especializadas em artigos para casa, decoração, presentes e utilidades domésticas, enquanto 103,7 mil são pontos de venda de varejo não especializado, incluindo lojas de departamentos, variedades e home centers.

“É importante ressaltar que o nosso setor empregou um total de 2,7 milhões de pessoas em 2022, tanto em lojas especializadas como em varejistas não especializados.” aponta Eduardo Cincinato, presidente da ABCasa.

A produção local de artigos para casa, decoração, presentes e utilidades domésticas em 2022 correspondeu a R$ 54 bilhões, em valores líquidos, sem impostos, por meio de 25,9 mil unidades produtoras que empregam diretamente 458,6 mil funcionários.

No que diz respeito ao comércio exterior, o setor de artigos para casa, decoração, presentes e utilidades domésticas fez importações no valor de US$ 1,3 bilhão em valores FOB (Free on Board) em 2022. Paralelamente, as exportações brasileiras desses produtos somaram US$ 897 milhões, também em valores FOB, no mesmo período.

Outro destaque dessas estatísticas é o consumo residencial nas principais cidades brasileiras. Entre as dez maiores cidades em consumo de artigos para casa, destacam-se: São Paulo com 9,2%, Rio de Janeiro com 4,5%, Brasília com 2,6%, Porto Alegre e Belo Horizonte, ambos com 2,4%. Esses municípios são vitais para o mercado de varejo desse setor.

Segundo o presidente da ABCasa, esses dados demonstram a vitalidade e a importância do mercado de artigos para casa, decoração, celebrações, presentes e utilidades domésticas no Brasil.

“O nosso setor, ao lado da construção civil, teve um aumento expressivo no pós-covid 19 e o resultado direto foi o aumento no número de lojas, produção e profissionais ligados ao segmento. Houve uma mudança de mentalidade do consumidor final, que passou a ter um novo olhar para a casa e hoje investe mais em decoração”, destaca Eduardo Cincinato.

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