A edição de julho do Panorama do Comércio, publicado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), traz uma análise detalhada sobre o desempenho do comércio varejista em meio a um cenário econômico desafiador. Dados recentes do IBGE revelam que o volume mensal de vendas do comércio varejista atingiu um novo recorde em maio de 2024, registrando um crescimento de 1,2% em relação ao mês anterior e acumulando uma alta de 5,6% no ano.
Apesar das incertezas econômicas e da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros (SELIC) em 10,5% ao ano, o setor demonstrou resiliência. A decisão foi influenciada por um ritmo mais lento na queda da inflação e pelo aumento dos juros em outras economias, o que também impactou na desvalorização do real no início de junho. No entanto, sinalizações do Governo sobre o compromisso com o arcabouço fiscal ajudaram a conter os efeitos negativos.
A inflação, medida pelo IPCA, apresentou uma leve queda em junho, permanecendo, entretanto, acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. O IGP-M, outro índice importante, registrou alta no acumulado de 12 meses após um período prolongado de quedas.
No âmbito do consumidor, o Indicador de Confiança da FGV mostrou uma melhora na avaliação da situação atual, embora as expectativas futuras tenham se deteriorado. O número de negativados diminuiu na comparação entre junho e maio de 2024, apresentando um crescimento modesto de 0,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
A CNDL continuará monitorando esses fatores para fornecer uma análise precisa e atualizada sobre o desempenho do comércio varejista brasileiro.
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