Neurofeedback para o Treinamento de Atletas das Olimpíadas de 2016

10 de janeiro de 2013

Com a proximidade das Olimpíadas de 2016 em nosso país é preciso pensar no que pode ser feito para melhorar a performance de nossos atletas e então aumentar nosso quadro de medalhas, tomando como parâmetro as Olimpíadas anteriores. Não podemos e não merecemos ter resultados como o que estamos tendo nas últimas competições. Temos um povo bravo, um povo guerreiro que precisa ser agraciado com resultados que estejam a altura de seus esforços.

Assistindo a algumas competições nesta última olimpíada em Londres (2012) foi possível perceber o medo, a ansiedade e a pressão no rosto de muitos atletas na hora da prova, em especial em muitos dos nossos atletas.

O que será que eles pensam neste momento, o que sentem estes atletas na hora da competição e em momentos que antecedem a prova?

Porque será que os atletas brasileiros sentem este peso tão grande da pressão na hora das competições? Será que atletas de outros países tem maior habilidade emocional que os nossos? Será que os investimentos financeiros e de estrutura maiores em outros países estão fazem diferença neste momento? E a habilidade brasileira, não está sendo aproveitada da maneira adequada? Será ela está sendo devastada pela qualidade de preparação física e emocional dos atletas de outros países?

Está na hora de investirmos em nossos heróis. Heróis que mesmo com grandes dificuldades conseguem se superar, conseguem superar as adversidades e em alguns casos mesmo competindo sem incentivo financeiro necessários para uma preparação como um todo , encarando a competição como

a possibilidade de uma vida melhor. Talvez este compromisso que eles próprios se impõe também seja um dos motivos que o fazem sentir tal peso. Identificar o porque deste sentimento e buscar uma estratégia para minimizá-lo pode ser a resposta para todas estas perguntas.

Poderíamos atribuir a dificuldade de resultado à falta de investimentos, aos baixos salários, porém, sabemos que mesmo os atletas de ponta, que detém altos salários, tendo acesso à alta tecnologia, qualidade de recursos e de preparo também vivenciam este “medo”, este peso na hora H, e acabam apresentando resultados abaixo da expectativa, abaixo de suas possibilidades físicas e técnicas. E as habilidades emocionais ficam em segundo plano?

Mesmo em algumas modalidades em que temos mais investimentos não tivemos os resultados esperados até agora. Esta informação põe em terra o argumento de que a falta de dinheiro dificulta a inserção de tecnologia avançada e de recursos disponíveis para o aumento da performance de nossos atletas.

Então, o que pode estar influenciando o resultado final? Será a imaturidade emocional do nosso quadro de atletas está falando mais alto? E o tão falado QE ( Quociente Emocional) por Daniel Goleman (1995) que afirma que fatores ligados às competências comportamentais são as mais importantes para a conquista do sucesso pessoal e profissional, sendo este mais importante do que conhecimentos adquiridos na escola. Esta é uma competência de muito valor para o desenvolvimento da pessoa, é uma vantagem que se desenvolvida pode fazer uma diferença fundamental para a conquista da tão desejada medalha.

Além do treinamento e condicionamento físico, o treinamento cerebral e emocional se faz necessário e providencial nesta época em que ainda há tempo para investir e assim colher melhores frutos em 2016, superando as dificuldades percebidas nesta última olimpíada de 2012.

A resposta para obter este resultado e aumentar o nível de nossos atletas pode estar na inserção de uma ferramenta avançada utilizada para o treinamento cerebral, o Neurofeedback.

Esta técnica permite ao profissional acompanhar a atividade do cérebro do atleta em tempo real e então fornecer treinamento adequado a cada um, ajustando seus limiares para melhorar continuamente sua performance. Ao desafiar o atleta em seu treinamento a aumentar sua capacidade, aumentando progressivamente de treino a treino a dificuldade dos jogos utilizados em seu programa sua performance tende a aumentar , e ao perceber este avanço o atleta pode desafiar sua habilidade a cada treino e se superar cada vez mais. E além de aumentar sua competência em suas atividades durante o treino isto lhe dará confiança e maior estabilidade emocional para repetir esta sensação em situações de estresse que ele geralmente sente durante as competições.

O equipamento de EEG (eletroencefalografia) utilizado para o treinamento cerebral transmite em tempo real ao programa de computador a atividade elétrica cerebral da pessoa que estará com eletrodos estrategicamente colocados em seu couro cabeludo. O local escolhido para colocação de eletrodos para o treinamento será estabelecida após o mapeamento do cérebro feito através de uma avaliação fisiológica utilizando o aparelho de EEG e as áreas do cérebro responsáveis por funções que a pessoa deseja ganhar mais poder, diminuir ativação, aumentar competência, e que em sua atividade vai maximizar seu progresso. No caso do atleta, um objetivo positivo na melhora de sua performance seria diminuir ansiedade, aumentar concentração, atenção e foco na hora das competições de durante os treinos.No dia a dia não conseguimos ter qualquer influência sobre nossos padrões de ondas cerebrais pois não temos consciência desta atividade. Porém, como é possível ver esta informação na tela do computador, é possível ter consciência de como este cérebro está funcionando neste momento e então criar através do treino por condicionamento operante a capacidade de mudar o padrão atual. Assim, quando a pessoa em treinamento percebe que está tendo sucesso na tarefa estabelecida pelo profissional em Neurofeedback, conseguindo fazer um vídeo rodar, fazer um jogo funcionar e obter sucesso como aumentar de nível no jogo, tudo isto com sua atividade cerebral ela é capaz de avançar e ter sucesso em seus objetivos. E mais, se sentir responsável por seu avanço, já que os resultados serão obtidos devido ao seu investimento e envolvimento no trabalho. Ele aprende a se auto-regular, e com isto voltar ao equilíbrio mesmo em situações de alto nível de estresse. É importante frisar que um certo nível de ansiedade em momentos de urgência é positivo para preparar o atleta para o momento de decisão, mas não pode ser um sentimento que paralisa.

O atleta que faz este tipo de treinamento, ao estar mais consciente de seus limites e ao avançar e superar as dificuldades do inicio do treino vai aprendendo a ter maior auto controle de suas emoções na hora da pressão da competição, podendo minimizar a ansiedade e o medo recorrentes nesses momentos, sendo capaz de aumentar suas competências emocionais, tornando-se mais seguro e autoconfiante. Desta forma terá a seu favor todo o seu preparo físico e mental que poderá desenvolver durante estes anos para as próximas Olimpíadas, aumentando nossa autoestima esportiva e dando alegria aos Brasileiros que torcem por eles.

O Wall street journal citou o caso de Walsh e May, jogadoras de vôlei de praia que encerraram em grande estilo uma campanha impecável na capital britânica nesta Olimíada de 2012. Walsh-Jennings diz: “Após minha gravidez meu corpo estava completamente diferente, sentia minhas articulações soltas. Meu sono estava ruim e minha energia diferente. ” Preocupada com tudo isto, e à procura de uma vantagem que poderia somar à sua preparação física, ela iniciou um programa de treinamento do cérebro a partir de Neuroterapia. Ela continua: “Minha formação sempre foi focada na agilidade física, mas a formação do cérebro ajuda a aguçar a minha agilidade mental”.

O artigo citado diz que Walsh-Jennings está entre um número crescente de atletas que abraçaram o treinamento de neurofeedback para aumentar seu rendimento.

A neuroterapia, ginástica para o cérebro, especialmente vinculada ao Coaching já é utilizada por vários atletas de ponta em vários países com resultados positivos. O ser humano é um ser holístico, para sua qualidade de vida a melhor abordagem é sempre um trabalho multidisciplinar. E é isto que este trabalho oferece, um atendimento visando todas as possibilidade do ser humano.

O Neurocoaching (que possibilita limpar emoções negativas e trabalhar questões existenciais) em Parceria com o Neurofeedback, trabalha as emoções com técnicas de Coaching e recursos do Neurofeedback. Para isto é necessário investimento financeiro e profissionais habilitados para fazer um trabalho diferenciado. Este trabalho vinculado ao treinamento físico específico e de alta performance poderá levar os nossos atletas a altos rendimentos, como já acontece com atletas de várias modalidades mundo a fora.

E o Brasil, vai ficar fora desta?

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