De acordo com muitos analistas de mercado norteamericanos, Steve Jobs pode ser considerado um dos maiores empreendedores de todos os tempos, ao lado de figuras ilustres como Thomas Edison (GE), Henry Ford, Thomas Watson (IBM) e William McKnight (3M), pioneiros do empreendedorismo nos Estados Unidos.
Jobs saiu da vida para entrar na história como uma personalidade incomum, digna de reconhecimento e veneração nos quatro cantos da Terra, não apenas em função do seu gênio criativo, despertado aos dezesseis anos de idade, mas devido ao seu completo desprendimento das coisas materiais.
Para quem se considerava “um sujeito que provavelmente teria sido apenas um poeta semitalentoso do Quartier Latin, mas meio que se desviou do caminho”, pode-se dizer que a história premiou o talento, a persistência e a vontade de superar os mais indignos obstáculos.
Ao desistir da escola, para evitar o sacrifício financeiro dos pais adotivos, Jobs começou a participar de palestras sobre produtos eletrônicos da HP, onde encontrou Stephen Wozniak, egresso da Universidade da Califórnia. Wozniak era um jovem gênio da engenharia que gostava de inventar dispositivos eletrônicos.
Com a aproximação, Jobs e Wosniak também compareciam regularmente às reuniões do Homebrew Computer Club (Clube do Computador feito em Casa). Os associados eram, na maioria, tecnófilos interessados em diodos, transistores e ainda nos dispositivos eletrônicos que poderiam construir com isto.
Jobs era diferente, segundo Daniel Goleman, PhD. Ele sabia avaliar o estilo, a utilidade e a capacidade de colocação dos produtos no mercado. Com o tempo, Jobs convenceu Wozniak a trabalharem juntos para colocar em prática uma simples ideia: a construção de um computador pessoal. Nasceu assim o Apple I, projetado no quarto de Steve Jobs e com o protótipo construído na garagem da casa de seus pais.
Ao seguir os conselhos de um executivo aposentado da Intel, Jobs e Wozniak fundaram sua própria empresa. Para viabilizar o projeto, ambos venderam os seus bens mais preciosos na época, uma Kombi VW de Jobs e a calculadora HP de Wozniak. Com os US$ 1300 arrecadados, ambos iniciaram oficialmente a Apple. Jobs, aos vinte anos de idade, e Wozniak, aos vinte e seis.
Em menos de dez anos, a Apple havia deixado de ser apenas dois sócios numa garagem para se tornar uma empresa de dois bilhões de dólares, com mais de quatro mil funcionários. Um ano depois de lançar a sua melhor criação – o Macintosh –, Steve Jobs completava trinta anos de idade quando foi, então, despedido da Apple por divergências internas com a equipe de comando.
Em menos de cinco anos, Jobs fundou a NeXT e, logo depois, a Pixar, o estúdio de animação mais bem-sucedido do planeta, onde idealizou o primeiro desenho animado do mundo feito apenas por computador: Toy Story. Segundo o próprio Jobs, “foi um remédio amargo, mas acho que o paciente precisava dele”. Entrava em cena novamente o seu espírito empreendedor e criativo.
Numa impressionante reviravolta, a Apple comprou a NeXT e, em menos de dez anos, Jobs voltou para a empresa que ele mesmo ajudou a fundar, para alegria dos “applemaníacos” e o bem da companhia. Retornava, dez anos depois, o salvador da pátria, num período difícil para a Apple. O resto é história. Quando se trata de empreender, ideias somente não bastam. O mundo está cheio de boas ideias que vagam sem destino e são desperdiçadas porque ninguém acredita nelas e os autores desistem ao primeiro não. Mais do que obter uma ideia, é necessário iniciativa, esforço, otimismo e, na maioria dos casos, persistência para conseguir alguém que acredite no que está dizendo. Era o caso de Steve Jobs.
O roteiro a seguir poderá ser muito útil quando as ideias surgirem. Estude-o com carinho e não tenha medo de pedir ajuda para empreendedores bem-sucedidos. São dicas valiosas para ajudá-lo a ampliar o seu nível de confiança na implementação das ideias empreendedoras. Prometo que a sua motivação vai crescer bastante.
CHECK-LIST DA BOA IDEIA
Antes de apresentar uma ideia, estude-a com profundidade, avalie os prós e os contras e certifique-se de que ela é aplicável nos negócios.
Aprofunde-se na ideia e demonstre conhecimento sobre o assunto; isso vai gerar confiança, uma virtude indispensável para quem se propõe a “dar a cara para bater”.
Não existe ideia perfeita nem ideia completamente descartável, entretanto, seja original, simples e criativo; tome cuidado para não reapresentar uma ideia que não é sua.
Reflita sobre as questões que favorecem a aceitação de novas ideias: reduz custos? É inovadora? Aumenta o faturamento? Traz resultados em curto prazo? Melhora a vida das pessoas?
Seja aberto a críticas, contribuições e mudanças na ideia original, caso contrário, é provável que continue armazenada na mente por muito tempo.
A questão fundamental é: funciona? Você vai saber somente quando praticar, portanto, não desperdice seu tempo imaginando coisas. Vá além da imaginação, pois a execução é uma das habilidades mais admiradas e valorizadas no mundo dos negócios. Inspire-se nas histórias de Steve Jobs, Bill Gates, Bill Joy, Paul Allen, Soichiro Honda e de tantos outros que se mostraram mestres na arte da execução. Pense nisso, empreenda e seja feliz!
Por Jerônimo Mendes