Confira quais áreas de atuação são promessa de emprego para profissionais no próximo ano, de acordo com especialistas consultados
Carreiras quentes
São Paulo – Pela primeira vez, desde 2009, os recrutadores brasileiros estão mais cautelosos com relação aos meses que virão. De acordo com pesquisa da Manpower divulgada esta semana, apenas 29% dos executivos esperam aumentar seu quadro de funcionários no próximo ano – este é o índice de otimismo mais baixo dos últimos três anos.
A cautela não é gratuita. A expectativa é que o Brasil feche 2012 com um pífio crescimento de 1,1% no PIB. O mau agouro da economia está atingindo em cheio as carreiras de muitos profissionais por aí. Em alguns setores, os anúncios de demissões já atingiram a casa dos milhares.
Mas o cenário não é nefasto para todos. Em algumas áreas específicas, a demanda por profissionais deve continuar alta, segundo 11 especialistas consultados por EXAME.com. Confira quais as profissões que continuarão como promissoras em 2013.
Engenheiro Agronômo
Por que é promissor? A chegada de empresas multinacionais ao mercado sucroalcooleiro no Brasil deu um chacoalhão nas usinas tupiniquins. Até então, as empresas do setor eram formatadas em modelos de gestão tipicamente familiares. Com o novo cenário, tiveram que se profissionalizar. Os engenheiros agronômos tem a resposabilidade de buscar a melhor produtividade com o menor custo usando novas ferramentas tecnológicas, entre outras estratégias, de acordo com Camila Casaccia, consultora da Havik.
Perfil: Domínio de novas tecnologias agrícolas e visão estratégica
Salário: varia de R$ 8 mil a R$ 16 mil
Engenheiro naval
Por que é promissora: “Estamos vendo a retomada dos estaleiros, hoje eles estão com 100% de ocupação”, afirma Rafael Falcão, gerente da Hays. De acordo com ele, a estagnação do setor durante muito tempo resultou em uma lacuna na formação e experiência de profissionais nesta área.
Segundo Rafael Menezes, diretor regional da ASAP, o Brasil necessita de mais do que o dobro dos profissionais hoje presentes no mercado. O próprio ministro Mantega destacou, no início de novembro, o desafio de construir, até 2020, 50 plataformas de produção, 50 sondas de perfuração, 500 embarcações offshore e 130 petroleiros.
Perfil: “O perfil é de formação técnica sólida e bom nível de inglês”, diz Rafael Falcão.
Salário: início de carreira, R$ 5 mil ou R$ 6 mil. Para profissionais com 10 e 15 anos de experiência, chega a R$ 25 mil e R$ 35 mil.
Engenheiro mecânico
Por que é promissora: “A demanda por engenheiros mecânicos é grande pelo mercado de energia (eólica, térmica e hidráulica)”, diz Rafael Falcão, gerente da Hays.
Perfil: formação técnica sólida, além de domínio de inglês.
Salário: No início de carreira, por volta de 5,6 mil reais. Chega a R$ 25 mil e R$ 35 mil para profissionais com 10 e 15 anos de experiência.
Engenheiro Eólico
Por que é promissora: Tornar-se um especialista em engenharia eólica pode ser um bom negócio no Brasil, segundo Axel Werner, sócio-diretor da Kienbaum. A expectativa é que até 2015, a capacidade instalada do parque eólico brasileiro alcance os 8 gigawats (GW), segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Atualmente, o país está na 20ª posição entre os maiores parques eólicos do mundo. No próximo ano, segundo o EPE, já estará entre os dez.
Perfil: formação técnica em engenharia, física, matemática e áreas afins de Exatas com especialização em energia renovável e experiência como técnico em energia eólica e em identificação e implementação de parques eólicos.
Salário: R$ 12 mil
Profissional de Pesquisa e desenvolvimento
Por que é promissora: É uma área em franca expansão no Brasil, que deixa de importar tecnologia para fabricação dos mais diversos produtos para se colocar também como um desenvolvedor destas tecnologia.“Estamos falando desde produtos de beleza, passando pelo setor de óleo e gás até o desenvolvimento de sementes”, diz Raphael Falcão, da Hays.
Perfil: formação nas áreas de engenharia, química e biologia.
Salário: no nível sênior: varia entre R$ 13 a 17 mil.
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Por Camila Pati e Talita Abrantes, de