A cesta básica em Salvador está mais cara.
Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, Dieese, apontam que comparado ao mês anterior, dezembro de 2012, os produtos em janeiro subiram 17,85%.
Para a técnica do órgão, Nadia Souza, os aumentos não foram privilégio da capital baiana. Todas as 18 capitais, alvos da pesquisa, registraram aumentos.
“Os efeitos climáticos como seca no Nordeste e excesso de chuva no Sul estão influenciando no comportamento dos preços dos itens da cesta básica”, cita.
A cesta na capital do estado passa agora a custar R$ 267,65, contra os R$ 227,12 registrados no último mês do ano de 2012.
Mesmo com as oscilações a cesta de Salvador ainda é a sexta mais barata dentre as capitais pesquisadas.
De fevereiro de 2012 a janeiro de 2013 o custo dos alimentos registrou alta de 24,95% em Salvador, quando no mesmo período do ano anterior o registro de alta era de 2,25%.
Impactos no salário mínimo
O aumento de 9% no salário mínimo em janeiro foi corroído pela expressiva alta dos alimentos. Nadia Souza diz que o trabalhador de Salvador comprometeu 42,91% do seu rendimento com alimentação, quando em dezembro passado ele comprometia apenas 39,69%.
“O aumento nos itens de alimentação básica tem feito o governo federal estudar a possibilidade de desonerar os produtos que compõem a cesta”, explica. Ela ainda acredita que o preço dos alimentos continue a subir. “Pelo menos nos próximos três primeiros meses desse ano os custos com alimentação devem continuar em alta”, pontua.
A pesquisa mostrou que a cesta básica de Salvador ficou mais cara no mês de janeiro em decorrência da alta de preços de 11 dos 12 produtos que a compõem.
A banana foi o único produto que registrou redução de preço no mês de menos 8,51%. Os demais que registraram aumentos foram: a farinha de mandioca, alta de 66,67%, o tomate com 66,82%, o feijão com 20,80%, o arroz 9,81%, o leite 8,13%, a carne 11,61%, o pão 10,10%, café 2,19%, açúcar 14,67%, óleo 14,41%, manteiga 4,75%.
Num comparativo entre capitais, a pesquisa do Dieese destacou que as altas mais expressivas ocorreram em Salvador com 17,85% e Aracaju com 13,59%, Natal aparece com 12,48% e Brasília 11,30%, com variações superiores a 10% no mês.
Fonte: Tribuna da Bahia
Imagem: Google