A consultoria Accenture elaborou uma lista com os principais aspectos que devem estar no foco de todos os empreendedores
Em tempos de inovação tecnológica frequente, os empreendedores podem ficar confusos sobre o que incorporar aos seus negócios. Todos os dias surgem novas funcionalidades e usos inéditos para as antigas aplicações. Além disso, especialistas disseminam novos conceitos e teorias a esmo. Mesmo que bem fundamentadas, essas ideias não são um chapéu que veste a cabeça de todos com o mesmo tamanho. Mais do que tecnologia A ou B, as empresas devem acompanhar as macrotendências para entender como fazer uso delas no ambiente específico do seu negócio. Para ajudar na visualização das principais tendências, a consultoria global Accenture, famosa por sua competência em tecnologia da informação, elaborou uma lista com os principais aspectos que estão transformando os negócios atualmente. Empreendedores devem acompanhar com atenção.
Relacionamentos em escala
Nos dias de hoje, as empresas têm novas maneiras de aprender sobre os consumidores com base em interações digitais. Seja por e-mail, mídias sociais, a web, chat online ou outro canal, construir relacionamentos em escala quer dizer dialogar com os consumidores na hora e da forma que eles precisarem. Esse, porém, não é apenas um conceito teórico. Segundo a Accenture, as empresas precisam mudar o foco do custo desses canais. É necessário privilegiar o uso da informação obtida por esses meios para construir relações de longo prazo que acompanhem as necessidades dos consumidores.
Ações baseadas em análises
As organizações não estão mais sofrendo com a falta de dados. O problema agora é seu excesso. As empresas vencedoras são aquelas que transformam essas informações em ativo estratégico para a obtenção de resultados. Isso implica a compreensão de qual dado é necessário e usar a tecnologia para consegui-lo, dentro e fora da empresa. As informações obtidas no dia a dia do negócio não podem ser vistas como mero registro do que já foi feito, mas como uma matéria-prima para ser analisada, comparada e modificada, a fim de gerar inovações em produtos, mercados e processos.
Velocidade da informação
Essa tendência trata de alinhar a velocidade na geração de dados com a velocidade na tomada de decisões. Graças ao enorme volume de informações gerado pelas redes sociais, dispositivos móveis e aplicativos, as empresas podem ter dificuldade de usá-las adequadamente. Informação só faz sentido se puder ser colocada em prática de alguma forma. As novas tecnologias permitem às empresas vasculhar e digitalizar bilhões de informações por segundo. Com esse processo, a tecnologia ajuda a reduzir o ciclo da informação, da sua percepção à ação estruturada.
Colaboração sem limites
Avanços na tecnologia facilitam o trabalho conjunto, mas os empreendedores não precisam se tornar mais sociáveis para isso. São os processos de trabalho que precisam ser sociais. O novo rosto da colaboração envolverá a incorporação de ferramentas que permitam a criação conjunta por parte das equipes, a interação entre os diversos níveis de funcionários e a disponibilidade da informação nos variados âmbitos da empresa.
Rede definida por software
Também chamada de SDN, na sigla em inglês, essa tendência se refere à gestão da rede por meio de software, em vez de hardware. A SDN aborda uma necessidade significativa: ela torna mais fácil para as empresas a gestão de mudanças em seu ambiente, a integração de serviços na nuvem e a obtenção do retorno do investimento, uma vez que torna mais simples e barata a configuração das redes.
Defesa ativa
As empresas estão reconhecendo que, para proteger seus ativos digitais de ameaças, devem ir além da prevenção. As políticas de segurança de TI precisam prever que ataques aos seus sistemas irão passar pelos mecanismos de segurança. Por isso, as companhias têm de estar um passo à frente dos hackers e dos espiões. Tecnologias de defesa ativa estão surgindo para ajudar as empresas a conhecer seus inimigos e se esconder deles. Dados sofisticados e análises orientadas pela segurança da informação estão mudando a ênfase de segurança do monitoramento para a ação preventiva. Estratégias como sistemas de computador transformados em “alvos móveis” estão tornando mais difícil para os hackers a tarefa de encontrar vulnerabilidades.
Pensar além da nuvem
As empresas não devem mais se perguntar por que explorar a nuvem e com qual tecnologia fazê-lo. A questão-chave é como usar a nuvem para agregar valor para a empresa. Seja por meio da infraestrutura, de plataformas ou aplicativos, há muitos usos para a nuvem nos negócios. Mas, ao incorporá-la em seus sistemas de TI, as empresas terão de administrar arranjos de softwares tradicionais com outros em cloud, bem como um misto de nuvens públicas e privadas.
Por Thiago Cid
Disponível em: http://revistapegn.globo.com