No mês passado, arrecadação federal somou R$ 94,29 bi, diz Receita.
Na ano, porém, houve alta real de 0,5%, para R$ 638 bilhões, novo recorde
A arrecadação do governo – que inclui impostos, contribuições federais e demais receitas, como os royalties – subiu 0,89% em termos reais em julho deste ano e somou R$ 94,29 bilhões, segundo números divulgados pela Secretaria da Receita Federal nesta segunda-feira (19).
Apesar de ter crescido sobre igual mês do ano passado, não bateu recorde para meses de julho, visto que, no mesmo período de 2011, ultrapassou a barreira dos R$ 100 bilhões (valor corrigido pelo IPCA).
No acumulado dos sete primeiros meses do ano, entretanto, a arrecadação somou novo recorde para o período. O governo arrecadou R$ 638,27 bilhões, o que representa uma alta de 0,55% sobre igual período do ano passado. O resultado de igual período de 2011 (R$ 628,72 bilhões) também foi superado.
No decorrer deste ano, a arrecadação tem mostrado um comportamento errático. Registrou queda real em três meses (fevereiro, março e junho) e crescimento, acima da inflação, em janeiro, abril, maio e julho.
Acumulado do ano é recorde
Segundo números da Receita Federal, a ausência de uma tendência clara de alta na arrecadação não impediu a obtenção de um novo recorde de receitas nos primeiros sete meses deste ano.
Em termos nominais, a arrecadação cresceu R$ 41,77 bilhões de janeiro a julho deste ano – ou seja, sem a correção, pela inflação, dos valores arrecadados em igual período do ano passado. Deste modo, esse crescimento foi contabilizado com base no que efetivamente ingressou nos cofres da União.
Segundo números oficiais, a alta real da arrecadação neste ano está relacionada, também, com a arrecadação extraordinária de R$ 4 bilhões do PIS, Cofins, do IRPJ e da CSLL em decorrência de depósitos judiciais e venda de participação societária.
De acordo com a Receita Federal, o fraco comportamento da arrecadação neste ano está relacionado com as desonerações de tributos – que já somam R$ 43,7 bilhões no primeiro semestre.
Tributos
A Receita Federal informou que o Imposto de Renda arrecadou R$ 173,5 bilhões nos sete primeiros meses deste ano, com alta real de 0,3% sobre igual período de 2012.
No caso do IRPJ, a arrecadação somou R$ 77,66 bilhões, com alta real de 3,28%. Sobre o IR das pessoas físicas, o valor arrecadado totalizou R$ 16,94 bilhões de janeiro a julho de 2013, com aumento real de 2,11%. Já o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) arrecadou R$ 78,93 bilhões no acumulado deste ano – recuo real de 2,83%.
Com relação ao Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), os números do Fisco mostram que o valor arrecadado somou R$ 26,5 bilhões nos sete primeiros meses deste ano, com queda real de 8,7%. Já o IPI-Outros somou R$ 10,92 bilhões na parcial do ano, com queda real de 3,97% sobre igual período de 2012. Este resultado, porém, foi influenciado pelas desonerações de produtos da linha branca e de móveis, informou o Fisco.
No caso do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), houve uma queda real de 13,3%, para R$ 17,7 bilhões no acumulado do ano. Neste caso, além da desaceleração no ritmo dos empréstimos bancários, que vem sendo captada pelos números do Banco Central, também houve redução da alíquota para pessoas físicas no ano passado.
A Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), por sua vez, arrecadou R$ 109,4 bilhões nos sete primeiros meses de 2013, com aumento real de 5,13%, enquanto a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) registrou arrecadação de R$ 40,22 bilhões de janeiro a julho deste ano, com crescimento real de 2,35% sobre igual período de 2012.
Fonte: G1 – Economia