Beleza não põe mesa? Brasileiro gasta mais com cosméticos do que com comida

30 de agosto de 2013

Dizem que beleza não põe a mesa. Mas apesar disso, um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE revelou que o brasileiro gasta mais com beleza do que com comida. Segundo o levantamento, dos R$ 43,4 bilhões que os brasileiros gastaram comprando produtos de higiene, beleza e cuidados pessoais em 2011, R$ 19,8 bilhões foram desembolsados pela classe C. Brasileiros com renda entre dois e dez salários mínimos gastam 1,3% do que ganham mensalmente para cuidar dos cabelos e das unhas. É quase o dobro da despesa com arroz e feijão (0,68%). Os gastos com shampoo, condicionador, maquiagem (1,46 do salário) chegaram a ser quase a mesma coisa que se gasta com carne (1,73%).

Brasileiro gasta mais porque paga mais

Mas não é só pela importância grande que dá aos cosméticos, produtos e serviços de beleza que o brasileiro gasta mais dinheiro. A carga tributária sobre os produtos cosméticos é de 50% sobre seu preço final de venda. Para perfumes, a carga tributária é em torno de 75%, mas não, não estamos falando sobre produtos importados, essa é a tributação em cima de produtos produzidos aqui mesmo no Brasil.

Setor em crescimento

Dados da Associação Brasileira de Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) também mostram que o setor de beleza vem crescendo, em média 10,4% ao ano. Cuidados com os cabelos representam 22,1% do faturamento. Outras informações, da Associação Nacional do Comércio de Artigos de Higiene Pessoal e Beleza (Anabel) constatou que a quantidade de novos salões de beleza cresceram 78% em cinco anos. “A tendência de homens e mulheres – eles cada vez mais – investem no “visual” seja para atenderem as imposições mercadológicas, seja por razões de vaidade e autoestima – ou simplesmente, porque beleza é fundamental”, explica a empresária.

Os setores de serviços, saúde e beleza foram os que mais impulsionaram a abertura de franquias no Brasil este ano. Nos últimos seis meses, o setor de negócios e serviços abriu o maior número de unidades franqueadas (873). Em seguida, vem o segmento de saúde e beleza (722). A empresária Sandra Assis Maia, proprietária da Clínica Capilar Alto Stima, conta que depois de muita pesquisa no setor da beleza resolveu formatar seu negócio em uma opção de franquia para conquistar esse público que consome produtos que satisfaçam o bem-estar pessoal.

Fonte: Consumidor Moderno